Freedom 3.2 (2020) Pintura por Thomas Pourcelot Wonsungee

Nascido na França em 1979, Thomas Pourcelot retornou a Taiwan em 2016 após três anos em Riad. Esta etapa no Oriente Médio pode ser adicionada à lista de cidades (Graz, Pointe-à-Pitre, Pequim, Seul e Kaohsiung) onde viveu nos últimos quinze anos. O artista muitas vezes compara essa mania itinerante ao "elogio da fuga" de Henri Laborit. O desconstrutivismo adaptado à vida real é, portanto, uma série de construções, desconstruções e regenerações pragmáticas que fundaram a sua vida e carreira. Autodescoberta, uma busca pelo sentido de sua vida, Thomas Pourcelot começou a pintar como uma fuga da vida real. Personalidade dicotômica e artista, dividido entre paixão e razão, entre desejos conscientes e inconscientes, ele se pergunta como são feitas nossas escolhas como indivíduos e cidadãos, e tenta encontrar um compromisso entre os dois.

Inspirados na arte moderna, na arte contemporânea mas também nas artes primitivas, as suas obras têm vindo a orientar-se gradualmente para o "semi-automatismo" e o expressionismo abstracto. Seus estudos não o levaram a explorar as artes ou suas técnicas, ele é um artista autodidata que confia mais em seus sentimentos do que na "cultura do espírito". Jean Jacques Rousseau disse: "Tenho apenas um guia fiel no qual posso confiar: esta é a cadeia de sentimentos pela qual a sucessão de minha existência foi marcada... aquilo que do sentimento eu fiz; e relatar este é o objetivo principal do meu presente trabalho ... "

Sua abordagem aqui é amplamente empírica. Nada é realmente premeditado. A tela é construída aos poucos, quase por si mesma, de acordo com anseios, necessidades e acidentes. O objetivo não é traduzir pensamentos, emoções nem transmitir uma mensagem, mas sim uma busca pessoal e uma abordagem ontológica. Suas experiências pessoais, seus estudos nas ciências sociais e políticas e suas reflexões sobre os processos de criação artística levaram-no, em 2015, a mergulhar novamente em questões relacionadas à psicanálise, filosofia política ou sociologia. Quem fala em mim? Para onde vou como indivíduo ou como ser social? Como evolui o pensamento coletivo? Qual é o seu impacto em nossos sistemas individuais de valores? A natureza humana é uma realidade fixa ou uma construção cultural? Estas questões, em grande parte abandonadas pelas nossas sociedades materialistas e apenas assumidas pelas religiões, estão, para o artista, no cerne das apostas da nossa humanidade.

• Nacionalidade: FRANÇA
• Data de nascimento : 1979
• Domínios artísticos:
• Grupos: Artistas Franceses Contemporâneos