Zandre
É importante começar referindo que do percurso artístico de André Salguero, de pseudónimo ZANDRE, constam muitas experiências que tocam o naturalismo e realismo: retracta a sua terra, as suas gentes – homens e mulheres de Barrancos, os animais, a brancura das casas alentejanas, os jovens que restam, que não imigraram, e muitos velhos. Representou a planície e as suas o tempo foi apurando a técnica de representação figurativa e potenciou-a noutros sentidos estéticos que, sem querer associá-lo a nenhuma corrente estética, abarca-o ao surrealismo, com influências do fantástico de Dali, e o expressionismo de Edvard Munch – evidente no quadro que tem em primeiro plano uma figura que nos reporta para o “Grito” do Munch que expressa as emoções mais fortes do ser humano: a dor, a raiva, o desespero, a revolta e a paixão ("Beco sem saida").Neste conjunto de telas, aqui representadas, é notório um grande dramatismo resplandecente: uma técnica que, por um lado, revela um jogo do claro-escuro com ambições realistas, preocupações de uma certa harmonia, sobretudo, em muitas das personagens; ao mesmo tempo que usa o pincel e/ou a espátula de forma algo violenta, algo brusca e espontânea. Sente-se a intensidade do gesto, do engrossar da pasta repisada, no justapor e no somar das cores intensas. O processo criativo é, de alguma forma, um acto libertador: a fuga á angustia; ao pessimismo em torno do que é a realidade do nosso mundo. O autor encara a pintura com uma filosofia de vida: encarna os sentimentos humanos mais penosos em confronto com uma luz, um cor mais intensa que ilumina a alma, o corpo, que a encaminha, que lhe indique uma fuga possível. As cores quentes dos vermelhos, amarelos e laranjas são predominantes.Os azuis e os verdes, mais apaziguadores, surgem no céu que espreita este seu mundo aficcionado que é terreno: um homem, meio pássaro, meio monstro, meio anjo entra em acção no tabuleiro de xadrez que é a “Rua dos anjos” que podemos encontrar em inúmeros lugares da toponímia duma cidade, vila ou aldeia, um homem encurralado entre paredes, solitário, talvez perdido, é incitado por duas pombas para o voo da liberdade, a opção do uso das cores quentes traduz de forma aflitiva o limite curto entre o que é optar pela vida e a entrega ao degredo e á morte.Esta proposta pictórica é intrigante, não é conciliadora, nem apaziguadora: um simbolismo quase religioso, mitológico e fantástico. Muitas vezes inspira-se na própria bíblia para encontra a ideia do sacrifício, da dedicação, da entrega á humanidade que é exemplo disso a “A dupla face de cristo”. Trata-se de uma cena que, mesmo tendo sido pintado só com tons azulados, enuncia o Cristo na cruz. O simbolismo é fortemente marcado pela presença do cavaleiro das trevas e por um pastor do seu lado oposto. Quem será o cavaleiro e quem será o pastor?
O homem com o rebanho podia ser um camponês da planície alentejana que não vê o horizonte. É interessante referir que muitos dos seus quadros num primeiro olha...
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quando pinto, tudo o que quero transmitir é uma sensação, uma emoção, uma fuga, uma história não contada...
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Biografia
É importante começar referindo que do percurso artístico de André Salguero, de pseudónimo ZANDRE, constam muitas experiências que tocam o naturalismo e realismo: retracta a sua terra, as suas gentes – homens e mulheres de Barrancos, os animais, a brancura das casas alentejanas, os jovens que restam, que não imigraram, e muitos velhos. Representou a planície e as suas o tempo foi apurando a técnica de representação figurativa e potenciou-a noutros sentidos estéticos que, sem querer associá-lo a nenhuma corrente estética, abarca-o ao surrealismo, com influências do fantástico de Dali, e o expressionismo de Edvard Munch – evidente no quadro que tem em primeiro plano uma figura que nos reporta para o “Grito” do Munch que expressa as emoções mais fortes do ser humano: a dor, a raiva, o desespero, a revolta e a paixão ("Beco sem saida").Neste conjunto de telas, aqui representadas, é notório um grande dramatismo resplandecente: uma técnica que, por um lado, revela um jogo do claro-escuro com ambições realistas, preocupações de uma certa harmonia, sobretudo, em muitas das personagens; ao mesmo tempo que usa o pincel e/ou a espátula de forma algo violenta, algo brusca e espontânea. Sente-se a intensidade do gesto, do engrossar da pasta repisada, no justapor e no somar das cores intensas. O processo criativo é, de alguma forma, um acto libertador: a fuga á angustia; ao pessimismo em torno do que é a realidade do nosso mundo. O autor encara a pintura com uma filosofia de vida: encarna os sentimentos humanos mais penosos em confronto com uma luz, um cor mais intensa que ilumina a alma, o corpo, que a encaminha, que lhe indique uma fuga possível. As cores quentes dos vermelhos, amarelos e laranjas são predominantes.Os azuis e os verdes, mais apaziguadores, surgem no céu que espreita este seu mundo aficcionado que é terreno: um homem, meio pássaro, meio monstro, meio anjo entra em acção no tabuleiro de xadrez que é a “Rua dos anjos” que podemos encontrar em inúmeros lugares da toponímia duma cidade, vila ou aldeia, um homem encurralado entre paredes, solitário, talvez perdido, é incitado por duas pombas para o voo da liberdade, a opção do uso das cores quentes traduz de forma aflitiva o limite curto entre o que é optar pela vida e a entrega ao degredo e á morte.Esta proposta pictórica é intrigante, não é conciliadora, nem apaziguadora: um simbolismo quase religioso, mitológico e fantástico. Muitas vezes inspira-se na própria bíblia para encontra a ideia do sacrifício, da dedicação, da entrega á humanidade que é exemplo disso a “A dupla face de cristo”. Trata-se de uma cena que, mesmo tendo sido pintado só com tons azulados, enuncia o Cristo na cruz. O simbolismo é fortemente marcado pela presença do cavaleiro das trevas e por um pastor do seu lado oposto. Quem será o cavaleiro e quem será o pastor?
O homem com o rebanho podia ser um camponês da planície alentejana que não vê o horizonte. É interessante referir que muitos dos seus quadros num primeiro olha...
- Nacionalidade: PORTUGAL
- Data de nascimento : 1957
- Domínios artísticos:
- Grupos: Artistas Portugueses Contemporâneos
Influências
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Treinamento
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Atividade na Artmajeur
Última atualização: 31 de jul. de 2024
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Adicionado dia 17 de abr. de 2011
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Adicionado dia 22 de mar. de 2006
Artigo
▪ 1º Prémio de Pintura em Encinasola (Espanha, no ano de 1979).
▪ 1º Prémio de Escultura no R.I.B.E., em Beja (no ano de 1978)
▪ Menção Honrosa em Moura, no Concurso “Prémios Salúquia às Artes” (no ano de 2002).
▪ Em Junho e Outubro de 2003, alguns dos meus trabalhos foram seleccionados para duas edições do jornal “Le Monde Diplomatique”.
▪ Em Janeiro de 2004 fui convidado pelo Centro de Apoio a Toxicodependentes (CAT) a realizar o cartaz alusivo ao tema “A Infecção VIH / Sida”.
▪ Em Abril de 2006, foi seleccionado um novo trabalho para uma edição do jornal “Le Monde Diplomatique”
▪ Em 2006, um dos trabalhos foi capa do manual pedagógico de António Eloy “Energias Sem-fim”.
▪ Autor do brasão da Junta de freguesia de Barrancos.
Algumas exposições efectuadas:
● 27 de Junho a 6 de julho 97: VI exposição de artistas alentejanos (Moita)
· 6 a 28 de Setembro 97: III exposição internacional de artes plásticas de Vendas Novas.
●11 a 26 de Outubro 97: I exposição internacional de artes plásticas da Moita.
●5 a 20 de Fevereiro 99: Biblioteca municipal Manuel da Fonseca (Castro Verde)
· 5 de Junho a 4 de Julho 99: II bienal de artes do Alentejo ( organização da Casa do Alentejo).
· Em Abril de 2001, exposição no Instituto da Juventude, em Beja.
· 5 a 12 de Junho 2001: exposição na Casa do Alentejo (Lisboa).
· 20 a 31 de Agosto 2001: inauguração da galeria de arte de Barrancos.
· 18 a 24 de Março 2002: exposição na Ovibeja.
· 31 de Março 2002: participo numa exposição colectiva na galeria de arte Boa Vista, em Ficalho, juntamente com Vieira da Silva, Cesariny, Artur Bual, Relógio, António Inverno, Mário Rochas, entre outros.
· 24 de Maio a 16 de Junho de 2002: Galeria Municipal de Mourão.
· 5 de Agosto a 5 de Setembro de 2002: exposição no hotel Agarrocha em Barrancos.
· 27 a 30 de Agosto de 2002: exposição na galeria de arte de Barrancos.
· 6 a 10 de Setembro de 2002: exposição em Valência del Mombuey( España) .
· 15 a 20 de Setembro de 2002: exposição em Fregenal de La Sierra( España).
· Em Outubro de 2002, participa no concurso “A Arte nas Terras Raianas”, em Moura, onde lhe foi atribuída uma menção honrosa.
· Em Março de 2003 participa na 20ª OVIBEJA.
· De 10 a 24 de Dezembro de 2003 exposição no INATEL, em Beja.
· Em Janeiro de 2004 fui convidado pelo Centro de Apoio a Toxicodependentes (CAT) a realizar o cartaz alusivo ao tema “A Infecção VIH / Sida”
· Exposição na 21ºOVIBEJA, em 2004.
· Exposição no “ALTER ECO”, em Beja a 15 de Abril de 2004
· Em Maio de 2004, exposição na Casa do Alentejo, em Lisboa
· Em Setembro de 2004 exposição em Fregenal de La Sierra, em España
· Em Setembro de 2004 exposição na Galeria “Vemos, Ouvimos e Lemos”, em Serpa.
· De 4 a 20 de Fevereiro de 2005, exposição a convite da C.M.Lisboa, no “Espaço Monsanto”.
● De 13 de Julho a 19 de Agosto, Casa da Cultura, em Beja.
● 1 obra seleccionada para a Bienal de Coruche, em Outubro de 2005.
● Menção honrosa em Moura, no concurso “Prémio Salúquia ás Artes”, em Novembro de 2005.
● Menção honrosa em Beja, no concurso “Galeria aberta em Novembro de 2005
● Em 31 de Janeiro de 2006 Exposição de Pintura, no 1º Encontro Transnacional de jovens, do projecto NOVA em Barrancos.
● Em Abril de 2006 foram seleccionadas.
● De 14 a 17 de Abril de 2006 exposição em Serpa, na Sociedade Filarmónica.
● De 17 de Abril a 2 de Maio de 2006, exposição no Posto de Turismo de Beja.
● Exposição na Ovibeja de 2006.
●Participação num evento em Serpa, denominado Mercado Culturais, de 8 a 11 de Junho de 2006.
11,12 e 13 de Abril de 2007,Expo Barrancos.
Em 29 de Setembro de 2007: Exposição no C.C.Colina do Sol na galeria Seta, na Amadora.
Em Novembro de 2007, exposição no posto de turismo de Barrancos.
De 14 de Dezembro 2007 a14 de Janeiro de 2008, exposição no Parque da Cidade de Beja.
De12 de Janeiro até final de Febreiro de 2008, exposição na Amadora, no C.C.Colina do Sol.
Exposição na casa Mário Elias promovida pela Camara de Métola de 9 de Abril a 30 de Abril.
Estou representado em diversas colecções particulares em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente Espanha e Canadá.
Algumas das principais colecções onde estou representado:
Câmara Municipal de Lisboa.
Câmara Municipal de Barrancos.
Biblioteca de Castro Verde.
Inatel de Beja.
Colecções particulares, entre outros:
Dtr.Jorge Sampaio, ex.Presidente da Republica.
Manuel Luis Gouxa, apresentador de T.V.
Victor Silva presidente da Região de Turismo Planície Dourada.
Dtr. João Paulo Ramoa, ex.Governador Civil de Beja.
etc.
Adicionado dia 22 de mar. de 2006
Artigo
▪ Em Junho e Outubro de 2003, alguns dos meus trabalhos foram seleccionados para duas edições do jornal “Le Monde Diplomatique” edição portuguesa
▪ Em Abril de 2006, foi seleccionado um novo trabalho para uma edição do jornal “Le Monde Diplomatique” edição portuguesa
▪ Em 2006, um dos trabalhos foi capa do manual pedagógico de António Eloy “Energias Sem-fim”.
Adicionado dia 22 de mar. de 2006
Artigo
Adicionado dia 22 de mar. de 2006
Artigo
É importante começar referindo que do percurso artístico de André Salguero, de pseudónimo ZANDRE, constam muitas experiências que tocam o naturalismo e realismo: retracta a sua terra, as suas gentes – homens e mulheres de Barrancos, os animais, a brancura das casas alentejanas, os jovens que restam, que não imigraram, e muitos velhos. Representou a planície e as suas o tempo foi apurando a técnica de representação figurativa e potenciou-a noutros sentidos estéticos que, sem querer associá-lo a nenhuma corrente estética, abarca-o ao surrealismo, com influências do fantástico de Dali, e o expressionismo de Edvard Munch – evidente no quadro que tem em primeiro plano uma figura que nos reporta para o “Grito” do Munch que expressa as emoções mais fortes do ser humano: a dor, a raiva, o desespero, a revolta e a paixão ("Beco sem saida").Neste conjunto de telas, aqui representadas, é notório um grande dramatismo resplandecente: uma técnica que, por um lado, revela um jogo do claro-escuro com ambições realistas, preocupações de uma certa harmonia, sobretudo, em muitas das personagens; ao mesmo tempo que usa o pincel e/ou a espátula de forma algo violenta, algo brusca e espontânea. Sente-se a intensidade do gesto, do engrossar da pasta repisada, no justapor e no somar das cores intensas. O processo criativo é, de alguma forma, um acto libertador: a fuga á angustia; ao pessimismo em torno do que é a realidade do nosso mundo. O autor encara a pintura com uma filosofia de vida: encarna os sentimentos humanos mais penosos em confronto com uma luz, um cor mais intensa que ilumina a alma, o corpo, que a encaminha, que lhe indique uma fuga possível. As cores quentes dos vermelhos, amarelos e laranjas são predominantes.Os azuis e os verdes, mais apaziguadores, surgem no céu que espreita este seu mundo aficcionado que é terreno: um homem, meio pássaro, meio monstro, meio anjo entra em acção no tabuleiro de xadrez que é a “Rua dos anjos” que podemos encontrar em inúmeros lugares da toponímia duma cidade, vila ou aldeia, um homem encurralado entre paredes, solitário, talvez perdido, é incitado por duas pombas para o voo da liberdade, a opção do uso das cores quentes traduz de forma aflitiva o limite curto entre o que é optar pela vida e a entrega ao degredo e á morte.Esta proposta pictórica é intrigante, não é conciliadora, nem apaziguadora: um simbolismo quase religioso, mitológico e fantástico. Muitas vezes inspira-se na própria bíblia para encontra a ideia do sacrifício, da dedicação, da entrega á humanidade que é exemplo disso a “A dupla face de cristo”. Trata-se de uma cena que, mesmo tendo sido pintado só com tons azulados, enuncia o Cristo na cruz. O simbolismo é fortemente marcado pela presença do cavaleiro das trevas e por um pastor do seu lado oposto. Quem será o cavaleiro e quem será o pastor?
O homem com o rebanho podia ser um camponês da planície alentejana que não vê o horizonte. É interessante referir que muitos dos seus quadros num primeiro olhar encontramos uma, duas ou três figuras e que de repente no meio da névoa, no meio das manchas cromáticas surgem novas personagens.
Zandre representa um mundo, que não importa se é real ou mesmo ficção cientifica. O que importa é mexer com os sentidos, os factores psicológicos, as emoções. Revolve o real, toca no sonho e mexe com a consciência, com os cataclismos que são criados pela complexidade humana.
Rui A.Pereira
Coordenador de imagem de Le Monde Diplomatique ( Edição Portuguesa )
Comentários e comentários
gostei muito. Quadros muito originais. é o primeiro site que achei interessante hoj. parabens, continuaçao de bom trabalho
Zandre os teus trabalhos têm uma identidade muito própria. São fantásticos, parece que colocas-te umas imagens num blender e tiras-te um cocktail de sensações. Continua
Tem um trabalho curioso e interessante. Mais tarde voltarei a contacta-lo. No que respeita ao contacto para se ligar à ANAP contacte por favor o Pintor Camol d'Evora em Evora, ele representa a Associação nessa zona do Alentejo.
Uma obra notável, onde o surreal se mescla com o sonho, o grotesco, o bizarro, o racional... Um verdadeiro mundo de vibrantes emoções, pintadas de uma forma surpreendente. Parabéns!
Tenho estado para aqui a pensar nos seus trabalhos tão cheios de cor,mas...........os temas!!!gosto de ver com os olhos de entender e gosto muito da criatividade bem patente nas suas pinturas, escreva um pouco de si, falta aqui a sua presença.Bem Haja Gal
muito bem, está muito interessante, a sua página. Parabens, continue a pintar muito, por muitos anos
Superbe!Vous etes un grand artiste.
Olá Zandre; bonito quadro; lembro quando estava em Beja, e vi você pintando essa tela; sempre achei de uma beleza encantadora. Um abraço para você, Renato
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