Tania Andrade

A chegada ao Brasil No Brasil, a escolha de Pereira Passos para prefeito do Rio de Janeiro no albor do Século XX veio abrir um novo ciclo de desenvolvimento urbano para a cidade. Já era um homem septuagenário, havia estudado em Paris, onde bebeu da experiência revolucionária que Haussmann empreendera na cidade, após a derrota da Comuna, rasgando avenidas majestosas e dando à capital francesa a feição que guarda ainda hoje. Conhecido como o "bota abaixo", Pereira Passos arrasou com o morro do Castelo, pondo por terra cerca de 600 casas e rasgando a fórceps a chamada Avenida Central, em 1905, que seria rebatizada de Avenida Rio Branco, dois dias depois da morte do Barão, em 1912. Para calçar a nova Avenida, fez vir de Portugal um grupo de calceteiros portugueses e, também, as pedras portuguesas (calcita branca e basalto negro). A quantidade era enorme e, além de calçar toda a Avenida, com desenhos variados, conforme o local onde era aplicado, as pedras ainda foram calçar, em 1906, a Avenida Atlântica, construída também por sua iniciativa, viabilizando os bairros de Copacabana e do Leme através da abertura do túnel do Leme no início daquele ano. Pereira Passos foi o grande modernizador da cidade do Rio de Janeiro. Deve-se a ele, igualmente, a decisão de construir o Teatro Municipal, uma reprodução menor do Teatro da Ópera de Paris, onde buscou inspiração e até obras dos artistas que a ornamentaram, como foi o caso do atelier parisiense do mosaicista Gian Domenico Facchinna, o grande italiano da região do Frioul, a quem a história deve a invenção do mosaico de colocação indireta. Mas esta é outra história para outro capítulo, a ser contada depois com mais detalhes. As importações de pedras portuguesas efetuadas por Pereira Passos nunca mais se repetiram. Logo foram identificadas enormes jazidas próximas ao Rio de Janeiro, mas a denominação das pedras ficou. Hoje, suas extrações são variadas e espalhadas por todo o país, mas é de se destacar o Paraná como um dos maiores fornecedores. Em Copacabana, o desenho das ondas, imitando o mar, ficou para sempre com a cara do bairro, tornando-se um logotipo internacional. O desenho foi trazido pelos calceteiros portugueses, mas não tinha então a volúpia curvilínea que se nota hoje. Um bom testemunho é a foto, muito divulgada desde 1922, retratando a marcha dos 18 do Forte que no dia 5 de Julho daquele ano rebelaram-se contra o governo e fizeram um pacto de morte, enfrentando as forças legalistas infinitamente mais numerosas e mais equipadas. Do movimento, sobreviveram apenas dois oficiais, com muitos ferimentos: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes. O gesto heróico iria marcar o início do movimento tenentista, que teria presença avassaladora na vida política do país até a morte do último "tenente", o marechal Cordeiro de Farias, no início do governo Figueiredo. Mas este já é outro mosaico, o mosaico da vida política brasileira, para ser conversado em outro espaço. As curvas das pedras de Copacabana só ganhariam os contornos mais delineados que têm hoje a partir de 1970, com o aumento da faixa de areia e o alargamento das pistas da orla. O paisagista, artista plástico e mosaicista Roberto Burle Marx foi chamado a refazer o calçamento de toda a extensão da Avenida e teve o bom gosto de manter o desenho original, apenas acentuando as curvas numa forma ainda mais sensual que o projeto de 1906. Não é, propriamente, o autor do desenho, porque o novo design já fora empregado pelos próprios portugueses em outras calçadas de Lisboa, inclusive na pavimentação externa, do pátio do chamado Padrão do Descobrimento, próximo à Torre de Belém. Burle Marx inovou no calçamento interno, fazendo uso de pedras portuguesas de três cores - branco, preto e vermelho - com as quais desenhou no chão aquelas composições plásticas características de sua telas, com inspiração acentuada nos padrões cromáticos indígenas. O paisagista pode ser considerado como um grande mosaicista contemporâneo. Além de calçadas - e que calçadas! - realizou painéis artísticos em pastilhas vítreas, inclusive na Itália, berço esplêndido da arte musiva de nosso tempo. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Fontes: disponível no Link do artista Gougon. disponível em:id3.html acessado em: 10 de outubro de 2006. sites: artigos/set_art-001.htm Burle Marx: O Brasil nas calçadas de Copacabana por Edgardo Mário Ruiz

texto disponível em: - acessado em 05 de outubro de 2006 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- "Paulo Werneck (1907 / 1987) nasceu no Rio em 29 de julho. Foi pintor, desenhista e ilustrador de livros infantis e colunas políticas de diversos jornais. Autodidata, Paulo Werneck introduziu no Brasil a técnica do mosaico. Contribuiu com seus murais para projetos de arquitetos como Oscar Niemeyer, Marcelo, Milton e Maurício Roberto. Fez seus primeiros painéis em mosaico no terraço-jardim do Instituto Resseguros, projeto dos arquitetos MMM Roberto. Dentre os painéis realizados destacam-se os localizados nos edifícios Ministério da Fazenda, Seguradoras, Marques do Herval, Banco Boavista, no Rio, na Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha, e no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Com mais de 300 painés em prédios e residências, em todo o país, Paulo Werneck foi um incansável colaborador do Modernismo. Como ilustrador Paulo Werneck publicou duas lendas brasileiras – Negrinho do Pastoreio (1939) e Lenda da Carnaubeira (1940). Esta última foi também publicada nos Estados Unidos pela editora Grosset & Dunlap (1947). O Projeto Paulo Werneck, idealizado por sua filha, Regina Yolanda Werneck, e seus netos Claudia Werneck Saldanha, Gaspar Saldanha e Paula Werneck Saldanha, busca promover uma série de ações que têm por objetivo preservar e divulgar a obra do artista. Diante de inúmeras denúncias de descaracterização e demolição de painéis a família decidiu tombar a obra completa do artista. Graças à agilidade e o empenho do Departamento Geral do Patrimônio Cultural, órgão da Prefeitura do Rio, foram tombados dezenas de painéis em todo o estado. Apesar de todos os esforços em outubro de 2004 um importante painel situado na rua Belizário Távora, em Laranjeiras, foi demolido para a construção de um edifício. O painel, um raro exemplo da fase figurativa do artista, retratava uma cena marinha, com mosaicos cerâmicos em tons de azul e verde, estrelas e cavalos marinhos. Assim como o painel da Belizário Távora estima-se que muitos outros, também desconhecidos, estejam em risco de demolição ou má conservação." --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- texto disponível em: - acessado em 05 de outubro de 2006

A imperatriz Teresa Cristina mulher de D.Pedro II,enquanto cuidava de suas filhas em um dos jardins do Palácio de São Cristóvão,no Rio de Janeiro,denominado Jardim das Princesas, demonstrou um de seus dotes artísticos pessoais, o mosaico. Com conchas, recolhidas nas praias do Rio de Janeiro, e com cacos das peças de serviço de chá da Casa Imperial ela revestiu os bancos, tronos, fontes e paredes do Jardim das Princesas Ela teria sido precursora da arte do mosaico no Brasil, fato pouquíssimo divulgado pelos historiadores e especialistas em artes,isso ocorreu 50 anos antes do aparecimento de Antonio Gaudi e Josep Maria Jujol. Atualmente é muito difícil ver esses trabalhos, pois esta área do museu está fechada ao público após longos anos de vandalismos sofridos por parte de visitantes imbecis que recolhiam pedaços, lascas e até cacos inteiros como lembrancinhas do passeio a Quinta da Boa-Vista. Se você quiser aprofundar este assunto, leia a publicação avulsa do Museu Nacional de1997 realizado pela arqueóloga Maria Beltrão, do Museu Nacional. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- fonte: terezacristina.html

INTRODUÇÃO Esta apostila destina-se à noções de Introdução ao Mosaico, com orientações básicas sobre o processo a ser utilizado durante o trabalho. As informações foram obtidas através de pesquisa (vide fontes) e com o a prática. Com um pouco da história, ilustrações sobre o material, bibliografia, fontes para pesquisa na Internet, e endereços úteis para aquisição e compra dos materiais no estado Rio de Janeiro. Para começar um mosaico, um bom esboço, azulejos e uma torquês amiga e já serão o suficiente. Em breve, você descobrirá como os mosaicos proporcionam um imenso prazer na montagem. Espero que seja útil à todos, inclusive aos professores que poderão utilizá-la na preparação de uma aula. O MATERIAL Material Básico: Alicate torquês para mosaico Alicate riscador e/ ou lápis riscador Azulejos para mosaico Cola de madeira, ou rótulo azul Espátula Pinça Rejunte (podendo comprar também pó ou líquido xadrez de cores variadas) Esponja óculos de proteção PRIMEIRO MOSAICO - PASSOS Método Direto: Utilizamos na oficina, o método direto para a feitura dos nossos primeiros mosaicos. O método direto consiste em fixar as tesselas diretamente sobre o objeto base, com o lado “certo” para cima, de modo que a parte superior das tesselas se transforma na superfície do mosaico final. A superfície a ser utilizada tem uma grande importância no resultado do trabalho. Abaixo você encontrará alguns suportes dos mais procurados. Ao escolher uma base, procure levar em consideração alguns pontos tais como: O projeto será mantido dentro ou ao ar livre? Estará sujeito à vento, umidade, chuva? O peso das pastilhas ou da cerâmica aderido à base será suportado? Materiais Utilizados: - Ambiente Interno: Madeira; Cola especial; Pedras Semipreciosas Naturais Brasileiras; Pedras Naturais Brasileiras; Pastilhas de vidro; Rejunte; Argamassa. - Ambiente Externo: Piso Cerâmico; Vidrotil; Pastilhas de vidro; Pedras naturais; Cimento cola especial; Rejunte; Massa plástica; Outros Materiais (dependendo da composição do tema). Alguns tipos de bases : (Não é uma lista completa!!) • Sobre Bases : Recomenda-se usar MDF ou compensado naval para executar o mosaico. A madeira maciça com a umidade dilata e, quando seca, se contrai. Este movimento provoca a soltura das tesselas e danifica o mosaico. O mesmo problema acontece quando trabalha-se com bases de compensado comum ou aglomerado. Porém se sua peça de mosaico vai ficar em ambientes externos, não é aconselhável o uso de bases de madeira, mas se for utilizá-las use o compensado naval, resistente à umidade. O usado deve ser o fibrocimento, a pedra ou o cimento armado, sempre com o adesivo argamassa e o rejunte de boa qualidade. (MDF) Este tipo de placa é apropriado para os projetos internos, somente onde não estará sujeito à umidade, devido a possibilidade de empenar. Sele todos os lados da placa. São uma alternativa barata e versátil, além de ser muito resistente. Se a madeira tiver sido envernizada ou pintada, é necessário lixa-la com uma lixa grossa e isola-la com uma camada fina de cola de madeira branca ou amarela. Madeira compensada A madeira compensada é uma alternativa boa para projetos internos. Barato e muito resistente. Pode entortar se não for bem selado em todos os lados. Disponível em diversas espessuras. Compensado naval Melhor para os projetos ao ar livre . Disponível em diversas espessuras. Cerâmica É preferível utilizar uma base espessa e pesada para a feitura do mosaico sobre cerâmica. Vasos, assim como pratos, tigelas podem servir perfeitamente como um suporte. O Projeto: - Na simplicidade pode estar, muitas vezes, a alma do trabalho. Inspirar-se em tudo à nossa volta. - consultar livros, observar a natureza, visitar museus, galerias, monumentos, e igrejas. - Não é necessário saber desenhar, ou produzir uma cópia fiel, para captar idéias de algo que nos chame atenção. - O desenho pode ser simples, geométrico, abstrato ou figurativo, o importante é escolher um bom material, de qualidade e utilizar cores que de alguma forma se harmonizem para nele criar um agradável jogo de luz. Trabalhar com mosaicos é um exercício de criatividade, a começar pelos materiais, onde quase não existem restrições. - O método de construção de mosaicos não sofreu alterações significativas ao longo dos séculos, e apesar de ser uma antiga forma de arte, agüentou o teste do tempo e tem presentemente, uma crescente popularidade como processo artesanal versátil e contemporâneo. É claro que o artista, sendo livre, não deve se prender à regras...pois cada um tem um estilo e forma de se expressar diferentes. É preciso arriscar, tentar, errar para no fim acertar...O sucesso do nosso trabalho depende de muito trabalho árduo, paciência e disponibilidade para mergulhar em cada projeto, seja qual for o tamanho dele. O mosaico nada mais é do que uma aventura, uma viagem muitas vezes sem destino e sem volta. Nem sempre o que idealizamos é o que somos conduzidos a fazer. • Sobre Colas : - A cola branca extra: Indicada para papel, tecido e madeira. Para técnica inversa sobre papel, pode-se usar cola branca lavável, pois é necessário um adesivo facilmente removível. Obs: A cola branca é hidrossolúvel, ou seja, dissolve-se com água. Portanto, não é indicada para execução de mosaicos externos. Sempre que formos projetar um trabalho, devemos ter em mente que o mosaico é para durar pelo menos 100 anos. Ou seja, vasos, pisos, paredes de cimento, mesas de jardins, fontes, muros, bancos externos, enfim, tudo que fica sujeito à umidade deve ser cimentado. Existem muitos tipos de argamassas no mercado. Recomenda-se as especiais para colocação de azulejos ou pastilhas de vidro. A Cola para madeira – boa para trabalhar sobre madeira e cerâmica, de secagem rápida e resistente. • Sobre Rejuntamento: O rejunte deve ser aplicado bem firme, pois quando misturado com muita água costuma demorar muito para secar e esfarela, prejudicando a qualidade do acabamento da peça. Sempre limpe os excessos com esponja ou pano seco, para não afundar o rejunte. Não rejunte na luz solar direta nem use meios artificiais para apressar o tempo de secagem. Isto provocará um possível rachamento. Utiliza-se uma espátula para passar o rejunte. Marcas mais usadas: Quartzolitz e VotoMassa • Sobre a limpeza: Tenha sempre à mão um pano seco, um pano úmido, e uma esponja. 1) Retirar o excesso de rejunte com uma esponja úmida (não pode estar encharcada!!!) Fazemos isto para que o trabalho não seque sujo ficando assim difícil retirar o rejunte quando endurece. 2) Deixar secar um pouco e passar um pano úmido e por fim um pano seco. • Sobre o equipamento de proteção: O equipamento de proteção apropriado é muito importante. Evita acidentes tais como: Lascas que são extremamente afiadas e desagradáveis. A poeira pode causar irritação nos olhos e nos pulmões. 1) Óculos de Proteção – Importante no momento de corte das tesselas, para proteger os olhos das lascas que se soltam. Principalmente se o alicate não for de boa qualidade. 2) Máscara de filtro – Para evitar a inalação de partículas de poeira. 3) Luvas de borracha ou cirúrgicas – As cirúrgicas são utilizadas para trabalhos mais minuciosos. Evita que as mãos possam sofrer qualquer tipo de alergia ao contato com o rejunte. seja bem vindo ao mundo do mosaico, Tania Andrade fontes: Artes e Ofícios dos Mosaicos - técnicas essenciais e projetos clássicos /Fran Soler/ livros e primus

A história de Pompéia Os primeiros vestígios da fundação de Pompéia datam do século VII a.C. Segundo os arqueólogos, o primeiro núcleo de habitantes se instalou 25 metros acima do nível do mar, numa margem do rio Sarno e a poucos metros da praia. Durante os primeiros séculos, Pompéia recebeu a influência das civilizações gregas e etruscas, que dominavam a atual região da Campânia, no sul da Itália. A várias dezenas de quilômetros de Pompéia fica Paestum, um dos mais importantes encraves da Magna Grécia, com imponentes templos gregos. No século IV a.C. a cidade teve uma grande chegada de samnitas (antigo povo da região), que desceu das montanhas em direção ao litoral, e Pompéia viveu uma forte urbanização. Entre os anos 343 e 290 a.C., os samnitas foram derrotados pelos romanos, que conquistaram a Campânia. Pompéia passou a fazer parte da "Res Pública Romana", e no século I a.C. virou município. No ano 80 a.C., se rebelou e pediu dignidade política e social igual à de Roma. Depois de ser cercada pelas tropas de Cornélio Sila, se rendeu e passou a ser uma colônia do Império. Entre 27 a.C. e 37 d.C., Pompéia teve sua época de esplendor. Foram construídos belos edifícios privados e públicos. O melhor momento foi na época dos imperadores Augusto e Tibério. No ano 62 d.C. houve um forte terremoto que deixou grandes estragos na cidade. Em 24 de agosto de 79 d.C., em plena reconstrução da cidade, ocorreu uma erupção do Vesúvio que a sepultou. O mosaico em Pompéia atingiu extrema perfeição. Se na pintura o artista romano desenvolveu técnicas de murais em encáustica, chegando mesmo a pintar com cera e vernizes o mármore, no mosaico ele se fez um mestre verdadeiro. Exemplos marcantes de sua mestria são encontrados em pavimentos da Casa do fauno, na Casa do Poeta Trágico ( o famoso aviso do "cave canem"), e no retrato da bela senhora, executado na técnica denominada "vermiculatum", quase uma pintura. Os retratos são igualmente famosos: a jovem patrícia que medita com o stylo entre os lábios, escrevendo uma carta de amor, a expressão viva da esposa contrastando com a aparência grotesca do padeiro Terentius Neos, são provas do realismo magistral dos artistas pompeianos.

ARTE BIZANTINA Disponível em: linhadotempo.html, s.d. Acesso em 04 outubro 2006. -------------------------------------------------------------------------------- O cristianismo não foi a única preocupação para o Império Romano nos primeiros séculos de nossa era.Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla.A mudança da capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma; facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina. Graças a sua localização(Constantinopla) a arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor. A arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus. O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro. A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados. A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da nova técnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos.Tal método tornou a cúpula extremamente elevada, sugerindo, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o chão de mármore polido. Toda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração. A arte bizantina teve seu grande apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano.Porém, logo sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia.Constituía na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero. A arte bizantina não se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do século XV e boa parte do século XVI, a arte daquelas regiões onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da arte bizantina.E essa arte extravasou em muito os limites territoriais do império, penetrando, por exemplo, nos países eslavos. UM POUCO MAIS DE SANTA SOFIA "A verdadeira beleza de Santa Sofia, a maior igreja de Constantinopla, capital do Império Bizantino, encontra-se no seu vasto interior.Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalho requintado dos artífices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; no mármore profundamente talhado dos capitéis das colunas das naves laterais, folhas de acantos envolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora.No alto, sobre um solo de mármore, bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cúpula. Embora a igreja tenha perdido a maior parte da decoração original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, há uma beleza natural na sua magnificência espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirável quando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior".

A palavra mosaico origina-se do termo "mosaicon"que significa "musa",algumas fontes traduzem como " paciência das musas". Esta arte teve origem nas antigas civilizações como o Egito e a Mesopotâmia. Na Mesopotâmia, onde hoje situa-se o Iraque, começou o processo civilizatório, primeiro com os sumérios, há 6 mil anos. Depois deles, os acádios, os babilônios e os assírios. A todos, a humanidade deve um pouco. Ali nasceu a escritura, o cálculo, a divisão do tempo conforme a conhecemos ainda hoje, e as primeiras cidades. Ali também foi produzido o primeiro mosaico. Rapinado pelos ingleses em 1930, o estandarte de Ur encontra-se hoje no Museu Britânico. Há entre os historiadores uma certa unanimidade em considerá-lo o primeiro mosaico da história. O "Estandarte de Ur"(3500 A.C),é considerado pela maioria dos historiadores como o mosaico mais antigo que se tem conhecimento.Foi encontrado na Suméria(antiga Mesopotâmia)atual Iraque.Trata-se de dois paineis retangulares ,feitos de mármore ,arenito avermelhado ,lápis lazúli e conchas . A obra retrata os guerreiros em marcha e depois o retorno com o botim, seguido de comemoração com banquete e acompanhamento musical. Provavelmente é a primeira ilustração de ação bélica na história da humanidade. Suas duas faces foram trabalhadas,numa delas são narradas cenas de guerra,com o rei e seu escudeiro num carro que corre e espezinha seus inimigos,os vencedores conduzem os prisioneiros,os quais atados em pares,são apresentados ao rei. Na outra face mostra-se cenas da vida doméstica de um dos reis sumérios. O que não impede que existam outros ainda por serem descobertos no Iraque. Até porque, entre os povos que passaram pela região e a ocuparam, também figuram os romanos, que disseminaram a arte por toda a área sob sua dominação. Mas a maioria dos sítios arqueológicos do Iraque ainda nem começaram a ser escavados. Talvez as bombas cheguem antes. Existem atualmente, mais ou menos 10 mil sítios arqueológicos ameaçados no país.

Método Direto Sobre a técnica : O método direto consiste na colocação dos azulejos, pastilhas ou do material escolhido diretamente sobre a superfície escolhida. Este método de colocação pode ser aplicado em trabalhos de dimensões pequenas ou médias.

Esta imagem apresenta um detalhe da obra violeiros na lapa. É o bondinho de Santa Teresa!

obra inspirada no antigo bairro boemio da Lapa - RJ/ Brasil

Esta foto apresenta um detalhe da obra Capoeira em Copacabana, na qual destaca um jogador-músico de capoeira com seu berimbau.

Esta foto refere-se ao processo de construção do mosaico

Reportagem sobre a exposição de 2006 - Rio Mosaico na revista Arte com as mãos.

com foto da obra Pão de Açucar - Tania Andrade - 2006 - Rio Mosaico

Se vc tem vontade de aprender mosaico e gostaria de ter aulas. Entre em contato comigo.

Aulas de mosaico

4 aulas - pacote básico
valor R$120,00

--------------------------------------------------------------------------------------------------------
entre em contato através do e-mail ou
telefone para contato: (21) 7141-7705
---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Para encomendas:

Entre em contato:
telefones: (21) 7141-7705 ou (21) 2580-1138