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Bruno Steinbach

Back to list Added Oct 21, 2008

O artista, por ele mesmo.

O MERCADOR DE ILUSÕES

Mercador de ilusões,
sorvendo cores e aspirando ideias, orvalhando emoção.
Atrevido artista nômade, encantado pela musa linda e querida...
Pescador de sonhos e visões,
navegando na fantástica e invisível arca da inspiração.
Alegre caçador de fantasias, vivendo o amor e comendo a vida ...

Sei de onde vim, estou aprendendo o que sou e sei para onde vou!
Sou trineto de um Padre (José Antônio Marques da Silva Guimarães*, deputado provincial por quatro mandatos e vigário da cidade de Sousa , sertão da Paraíba, por quarenta e oito anos , que, sem abdicar de suas funções sacerdotais, desposou Maria da Conceição Gomes Mariz, em 1838, de cuja união nasceram catorze filhos). Meu avô materno é o alemão Walter Julius César Steinbach (casado com a baiana de Feira de Santana e filha de portugueses Elvira Ferreira Steinbach ) e o avô paterno é o “Coronel” sertanejo Basílio Pordeus Silva (casado com a neta do vigário, Joana -Geni- Ferreira Rocha). Finalmente, sou filho de um paraibano e de uma baiana (o médico Isaias Silva e Mariêta Steinbach Silva).
Toda essa mistura genética e esse verdadeiro pirão geográfico e cultural me tornaram um artista estilisticamente nômade, a vagar pelos próprios caminhos e veredas, na solitária e abnegada busca da sua identidade enquanto ser humano e artista , sem desprezar os valores da sua terra e da sua gente, contudo jamais se deixando apanhar pela ardilosa tentação dos regionalismos ingênuos e estereotipados que tantos limites e fronteiras nos impõem, pois, mais que paraibano ou nordestino ou brasileiro, sou apenas um terráqueo com as raízes aéreas se espalhando e se nutrindo por toda a Terra.
Como um alquimista, aprendi a enfrentar as adversidades, vencê-las e transformá-las em energia estimulante para novos desafios. Como um xamã, é na pintura e na “boêmia” que encontro a matéria prima que me possibilita essa fascinante aventura, entre a agonia e o êxtase, um cigano amante do tempo em alucinante viagem rumo ao conhecimento e a excelência, como meio de transmitir de forma simples, honesta e duradoura aquilo que realmente importa na vida - a emoção, o amor.
Fiel a minha própria verdade, nunca me preocupei com tendências estéticas da hora, com as suas “panelas” repletas de elucubrações inócuas e abstratas, seguidas de polêmicas discussões que se prolongam até o inferno esfriar, quando e onde a vaidade e a arrogância se escondem disfarçadas em supostas ideias originais. Refugiei-me em minha caverna, longe desses quixotescos e às vezes dantescos revolucionários e de seus discursos; Troquei a conversa fiada pela atitude, o verbo pela imagem.
A internet possibilitou-me a estreia no mundo virtual como um artista sonhador e solitário na sua arte, soltando "esse grito que é a revelação desse infinito que trago encarcerado em minh'alma"... Sim, estou muito feliz por saber que o que pinto e escrevo está sendo visto por pessoas do mundo inteiro. Satisfeito pelo êxito dessa jornada, chegando até o centro do objetivo de toda essa trajetória: o seu coração! E isso me estimula e me impulsiona para o alto, acima do muro erguido pelo mesquinho estabelishement e pelos seus hipócritas servos, transgredindo suas normas de invisibilidade mas me mantendo com os pés no chão. A isso eu chamo de crescimento, de superação...
A arte é a materialização do mundo espiritual, o artista o seu alquimista. É assim desde os tempos primevos, com os xamãs artistas em suas cavernas, intérpretes e mensageiros do Divino. A Arte está acima do humano, do material, do mero objeto de manipulações. Portanto, a opinião “responsável” da crítica e o apoio "oficial" não me interessam…
Dessa "Torre de Babel" em que se transformou o mercado de arte e dessa "crítica" eu quero distância. Sempre fui independente, eu mesmo divulgo e vendo o que pinto, sem intermediários e sem precisar da aprovação de nenhum "curador" pedante. Pinto o que quero, quando quero e para quem eu quero. Tenho um público de amigos fiéis que sempre patrocinam os meus projetos, o que me permite viver modesta e decentemente sem necessitar estar "passando o bajulador chapéu" pelas instituições do governo, pois não tenho a menor vocação para "bobo da corte"... O que quero é ver alguém ardendo no fogo que eu próprio ateei!
As obras criadas por mim, ou através de mim, não são objetos de decoração. Tampouco dependem de complicados conceitos para serem captadas pelos sentidos do observador. O que pinto são emoções materializadas em imagens duradouras para serem guardadas, muito bem guardadas, na memória e no coração das pessoas.
Pessoas como você, que está aqui agora!

Bruno Steinbach Silva, Cabo Branco, Paraíba, Brasil.

* *José Antônio Marques da Silva Guimarães, deputado provincial por quatro mandatos e vigário da cidade de Sousa, sertão da Paraíba, por quarenta e oito anos, de 1837 a 1885, que, sem abdicar de suas funções sacerdotais, desposou Maria da Conceição Gomes Mariz, em 1838, de cuja união nasceram catorze filhos e uma destacada, diversificada e numerosa descendência na Paraíba e no Rio Grande do Norte (entre eles os governadores João Agripino Maia, Tarcísio Maia, Antônio Marques da Silva Mariz e José Agripino Maia, os deputados José Mariz, Gervásio Maia, os historiadores Celso Mariz e Wilson Seixas, Octávio Mariz - líder da revolução de 1930 na cidade de Sousa como líder radical do Jornal de Sousa, o médico Isaias Silva (pai do artista) - professor titular de otorrinolaringologia da UFPB, de resoluta atuação na constituinte paraibana de 1947, quando deputado, o compositor e cantor José Ramalho Neto - Zé Ramalho), agregando membros das famílias Rocha, Garrido, Sá, Meira de Vasconcelos, Melo, Rangel, Aragão, Pordeus, Rodrigues Seixas e Formiga. Sua vida não apenas marcou época. Ele soube fazer época e obteve da comunidade a aprovação aos seus atos. Se não cumpria fielmente os preceitos da Igreja Católica, no que diz respeito ao celibato, cumpria exemplarmente os demais compromissos, com aguçada inteligência, coragem inabalável e elevada capacidade de trabalho, tudo empregado na defesa do seu extenso domínio paroquial. Por isso era respeitado, ouvido e aclamado, como homem desassombrado, que chegava a levar a mulher e os filhos para as mais concorridas cerimônias religiosas. Conhecido como o vigário casado de Sousa, padre José Antônio exerceu quatro mandatos como deputado provincial, foi fundador e sustentáculo do Partido Liberal em Sousa e primeiro prefeito da cidade, além de presidente da Assembleia Provincial e, nessas circunstâncias, presidente provisório da província.
Isso é que é “escrever certo por linhas tortas”.

Artmajeur

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