Alle Kunstwerke von Alberto Simões De Almeida
SEMENTES DE HIROSHIMA (2022-2024) • 11 Kunstwerke
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Presos no espaço/tempo
Trespassados pela voracidade do
presente/futuro
Sofremos a atração magnética[...]
Presos no espaço/tempo
Trespassados pela voracidade do
presente/futuro
Sofremos a atração magnética da flor de
Hiroshima,
Cheirando ar rarefeito descolorido:
As cicatrizes permanecem
Marcas antigas, quiçá ancestrais,
Duma contenda perpetuamente reciclada.
Envolve-nos a metamorfose
Em abrigos povoados de medos, fome,
esperança;
Resistimos camuflados de heróis
Em castelos de sonhos, cheios de risos, de
crianças,
Num abraço cinzento e cru,
Prenhe de lágrimas e sorrisos desprendidos,
na humidade de um olhar,
num constrangido esgar.
O tempo quebrado, áspero e rude,
Foi trespassado pela volúpia do desejo,
Numa construção decrépita da realidade
irreal.
Expõem-se os corpos,
desviamos o olhar,
mergulhamos na catarse de um dia são e
puro,
que nos promete o futuro: a vida.
E a vida diz: eu já volto!...
Trespassados pela voracidade do
presente/futuro
Sofremos a atração magnética da flor de
Hiroshima,
Cheirando ar rarefeito descolorido:
As cicatrizes permanecem
Marcas antigas, quiçá ancestrais,
Duma contenda perpetuamente reciclada.
Envolve-nos a metamorfose
Em abrigos povoados de medos, fome,
esperança;
Resistimos camuflados de heróis
Em castelos de sonhos, cheios de risos, de
crianças,
Num abraço cinzento e cru,
Prenhe de lágrimas e sorrisos desprendidos,
na humidade de um olhar,
num constrangido esgar.
O tempo quebrado, áspero e rude,
Foi trespassado pela volúpia do desejo,
Numa construção decrépita da realidade
irreal.
Expõem-se os corpos,
desviamos o olhar,
mergulhamos na catarse de um dia são e
puro,
que nos promete o futuro: a vida.
E a vida diz: eu já volto!...
PRECHAOTIC (2020-2021) • 7 Kunstwerke
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Sem ideia preconcebida, recolhi os barrotes retirados de um telhado em remodelação e depositados num[...]
Sem ideia preconcebida, recolhi os barrotes retirados de um telhado em remodelação e depositados num contentor de lixo de construção civil. Os barrotes permaneceram 3 ou 4 anos no meu atelier.
Este ano peguei neles e, em absoluta liberdade criativa, fui arquitectando jogos geométricos e tentando equilíbrios possíveis dessas massas corpóreas que à partida tinha decidido que na vista frontal nunca assumiriam a verticalidade.
Fui fazendo cortes e experimentando várias conjugações, deixando a decisão para o dia seguinte. E as peças deste projecto sem título foram brotando até a minha autoanálise as considerar esteticamente equilibradas.
Na escultura deixei marcas do passado, de tinta ou de rasgões, como cicatrizes de uma história do inerte, do inanimado. Os objectos também têm história!
O acabamento foi feito com 3 camadas de vioxene e 3 camadas de verniz.
*
Há um mundo em hecatombe, está instalado o estado pré-caótico, vivemos um tempo de mudança em que nada ficará como antes, novas perspectivas se alinham no próximo horizonte, as dúvidas da exequibilidade do actual status quo são cada vez maiores, as mudanças climatéricas estão a provocar situações inéditas, provavelmente estaremos a viver o fim de uma era de progresso económico e social - todas estas premissas intervieram subconscientemente neste meu projecto.
Há um passo que daremos, mas não sabemos ainda que terreno pisaremos!
Este ano peguei neles e, em absoluta liberdade criativa, fui arquitectando jogos geométricos e tentando equilíbrios possíveis dessas massas corpóreas que à partida tinha decidido que na vista frontal nunca assumiriam a verticalidade.
Fui fazendo cortes e experimentando várias conjugações, deixando a decisão para o dia seguinte. E as peças deste projecto sem título foram brotando até a minha autoanálise as considerar esteticamente equilibradas.
Na escultura deixei marcas do passado, de tinta ou de rasgões, como cicatrizes de uma história do inerte, do inanimado. Os objectos também têm história!
O acabamento foi feito com 3 camadas de vioxene e 3 camadas de verniz.
*
Há um mundo em hecatombe, está instalado o estado pré-caótico, vivemos um tempo de mudança em que nada ficará como antes, novas perspectivas se alinham no próximo horizonte, as dúvidas da exequibilidade do actual status quo são cada vez maiores, as mudanças climatéricas estão a provocar situações inéditas, provavelmente estaremos a viver o fim de uma era de progresso económico e social - todas estas premissas intervieram subconscientemente neste meu projecto.
Há um passo que daremos, mas não sabemos ainda que terreno pisaremos!
THIS IS NOT A BULL ! • 3 Kunstwerke
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Desde tenra idade que o toiro foi para mim um animal presente por proximidade. Animal que sempre me[...]
Desde tenra idade que o toiro foi para mim um animal presente por proximidade. Animal que sempre me impôs respeito, medo. As minhas brincadeiras mesmo com jovens toiros foram sempre distanciadas, comedidas. Mas o toiro é um animal que admiro na sua ocupação territorial plena de liberdade em campo aberto.
A arte sempre considerou o toiro ou similar com personalidade forte suficiente para integrar as suas manifestações estéticas, desde as pinturas rupestres nas grutas de Lascaux até às suas representações abstractas de Picasso e de Miró.
A história da Humanidade sempre esteve intimamente ligada à vaca e ao toiro. À dócil vaca que acompanhou ao longo de milénios a itinerância nómada dos povos, fornecendo todo o suporte de sobrevivência da espécie humana dependente unicamente da procura de boas pastagens e água. Ao forte toiro parceiro de trabalho quando o nomadismo deu lugar ao sedentarismo através do desenvolvimento da agricultura.
“Isto não é um toiro” é uma colagem deliberada ao “Ceci n´est pas un pipe” de René Magritte, recuperando a diferença entre o objecto e a sua representação visual, e gerando, com a negativa, um conflito de mensagens. O objecto parece um toiro, mas realmente não é um toiro!
Numa referência à “Bycicle Wheel” de Marcel Duchamp, esta escultura resulta de um objecto readymade, que foi cortado e reposicionado, e a que foram acrescentados dois pedacinhos de madeira, dois pregos, uma borracha e uma roda na frente (nos treinos, os toureiros usam uma “tourina”, uma bicicleta com cabeça de toiro e só com uma roda empurrada por um homem).
Na minha idealização, um toiro é sempre preto. Os cornos são vermelhos, manchados de sangue, esse sangue que brota de um sacrifício, injustificado, cruel e desumano, à luz do conhecimento actual.
A arte sempre considerou o toiro ou similar com personalidade forte suficiente para integrar as suas manifestações estéticas, desde as pinturas rupestres nas grutas de Lascaux até às suas representações abstractas de Picasso e de Miró.
A história da Humanidade sempre esteve intimamente ligada à vaca e ao toiro. À dócil vaca que acompanhou ao longo de milénios a itinerância nómada dos povos, fornecendo todo o suporte de sobrevivência da espécie humana dependente unicamente da procura de boas pastagens e água. Ao forte toiro parceiro de trabalho quando o nomadismo deu lugar ao sedentarismo através do desenvolvimento da agricultura.
“Isto não é um toiro” é uma colagem deliberada ao “Ceci n´est pas un pipe” de René Magritte, recuperando a diferença entre o objecto e a sua representação visual, e gerando, com a negativa, um conflito de mensagens. O objecto parece um toiro, mas realmente não é um toiro!
Numa referência à “Bycicle Wheel” de Marcel Duchamp, esta escultura resulta de um objecto readymade, que foi cortado e reposicionado, e a que foram acrescentados dois pedacinhos de madeira, dois pregos, uma borracha e uma roda na frente (nos treinos, os toureiros usam uma “tourina”, uma bicicleta com cabeça de toiro e só com uma roda empurrada por um homem).
Na minha idealização, um toiro é sempre preto. Os cornos são vermelhos, manchados de sangue, esse sangue que brota de um sacrifício, injustificado, cruel e desumano, à luz do conhecimento actual.
A REGRA E O JOGO - PINBALL (2016) • 2 Kunstwerke
Alle ansehenARTE PÚBLICA (2016) • 5 Kunstwerke
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Escultura em ferro
Escola Secundária Padre Alberto Neto
Queluz
Escola Secundária Padre Alberto Neto
Queluz
VIBRATIO (2016-2020) • 23 Kunstwerke
Alle ansehenTERRITÓRIOS (2014-20) • 13 Kunstwerke
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Defendendo a supremacia da pintura não figurativa sobre a pintura de imitação da natureza, Kazimir Malevitch[...]
Defendendo a supremacia da pintura não figurativa sobre a pintura de imitação da natureza, Kazimir Malevitch (1879-1935) introduziu, em 1913, um novo conceito que designou como “Suprematismo”, em que considerou ser primordial a abstracção geométrica baseada na pura não-objectividade, assumindo o artista a primazia da sensibilidade plástica pura, acima de toda a finalidade materialista. Em 1915, Malevitch expôs trinta e nove quadros em S. Petersburg, então Petrogrado, capital da Rússia; nas obras expostas, predominavam os quadrados e os rectângulos, as linhas e os círculos, e a cruz; utilizando uma reduzida paleta de cores, sempre saturadas, assumia uma representação não objectiva, desnudando os objectos de qualquer significação, defendendo que “a realidade em arte é o efeito sensitivo da cor”, atingindo assim “a superioridade absoluta da emoção pura”. No entanto, só em 1925, Malevitch fez a sistematização teórica do “Suprematismo”, através do manifesto “Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo Realismo na Pintura”, escrito em colaboração com o poeta Maiakóvski (1893-1930).
Em 1919, El Lissitzky (1890-1941) integra-se no movimento suprematista, tendo desenvolvido os projectos designados por “PROUN”, que descreveu como “uma estação a meio caminho entre a pintura e a arquitectura”, uma forma de arte em que fazia construções montadas sobre as superfícies das paredes, estabelecendo como objectivo essencial a libertação da arte de qualquer interpretação emocional da realidade, através do desenvolvimento de uma nova linguagem abstracta, baseada em elementos correlacionados, estruturas internas, energias e tensões espaciais.
Passados cerca de cem anos, a proposta ora apresentada por Alberto Simões de Almeida revive a concepção suprematista, jogando com os elementos geométricos elementares e com a precariedade de cores, quase sempre planas; trata-se de uma evocação, ora aproximando-se, ora afastando-se, dos trâmites que fundamentaram esse movimento. O ponto de partida foram os desenhos de El Lissitzky, reinterpretando-os, redimensionando-os a três dimensões, buscando a abstracção numa fuga constante a referentes, tentando anular significações, apesar de ser inevitável que qualquer observador possa fazer as suas próprias aproximações mentais à realidade.
As esculturas de Alberto Simões de Almeida são estruturas assimétricas, em que a presença de linhas de fuga introduz uma sensação dinâmica, por vezes bem explícita. À utilização das formas geométricas puras e absolutas características do “Suprematismo” (círculo, quadrado, rectângulo, triângulo e cruz), conjugadas de maneira independente ou combinada, acrescentou a elipse, forma geometricamente mais elaborada. Embora a paleta de cores utilizadas seja reduzida, o branco e o preto integram quase todos os trabalhos, com predomínio do preto no plano-base das esculturas de parede.
Em 1919, El Lissitzky (1890-1941) integra-se no movimento suprematista, tendo desenvolvido os projectos designados por “PROUN”, que descreveu como “uma estação a meio caminho entre a pintura e a arquitectura”, uma forma de arte em que fazia construções montadas sobre as superfícies das paredes, estabelecendo como objectivo essencial a libertação da arte de qualquer interpretação emocional da realidade, através do desenvolvimento de uma nova linguagem abstracta, baseada em elementos correlacionados, estruturas internas, energias e tensões espaciais.
Passados cerca de cem anos, a proposta ora apresentada por Alberto Simões de Almeida revive a concepção suprematista, jogando com os elementos geométricos elementares e com a precariedade de cores, quase sempre planas; trata-se de uma evocação, ora aproximando-se, ora afastando-se, dos trâmites que fundamentaram esse movimento. O ponto de partida foram os desenhos de El Lissitzky, reinterpretando-os, redimensionando-os a três dimensões, buscando a abstracção numa fuga constante a referentes, tentando anular significações, apesar de ser inevitável que qualquer observador possa fazer as suas próprias aproximações mentais à realidade.
As esculturas de Alberto Simões de Almeida são estruturas assimétricas, em que a presença de linhas de fuga introduz uma sensação dinâmica, por vezes bem explícita. À utilização das formas geométricas puras e absolutas características do “Suprematismo” (círculo, quadrado, rectângulo, triângulo e cruz), conjugadas de maneira independente ou combinada, acrescentou a elipse, forma geometricamente mais elaborada. Embora a paleta de cores utilizadas seja reduzida, o branco e o preto integram quase todos os trabalhos, com predomínio do preto no plano-base das esculturas de parede.
Vermelho e negro (2014-16) • 19 Kunstwerke
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Inspirado no Construtivismo
Sete elementos e quadrado preto (2014-15) • 17 Kunstwerke
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Explorando ideias desenvolvidas por Wassily Kandinsky, neste projecto foi idealizada a utilização de[...]
Explorando ideias desenvolvidas por Wassily Kandinsky, neste projecto foi idealizada a utilização de um quadrado preto (quase sempre usado como suporte) e sete elementos de diferentes formas, dimensões e cores (dois rectângulos um branco e outro amarelo, um círculo vermelho, e quatro réguas - duas cinzentas, uma vermelha e outra azul).
A interacção entre os sete elementos sempre iguais e do quadrado preto gerou diferentes topologias, levando a que a percepção do conjunto dos elementos seja sempre questionada acerca do ângulo de observação.
Diferentes pessoas questionadas consideraram que a orientação das esculturas de parede podia variar, rodando-as; ou criaram novas opções de distribuição dos elementos, num processo criativo.
A interacção entre os sete elementos sempre iguais e do quadrado preto gerou diferentes topologias, levando a que a percepção do conjunto dos elementos seja sempre questionada acerca do ângulo de observação.
Diferentes pessoas questionadas consideraram que a orientação das esculturas de parede podia variar, rodando-as; ou criaram novas opções de distribuição dos elementos, num processo criativo.
Tudo é ficção, só a cidade é real... ou quase!" (2012-13) • 13 Kunstwerke
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Esta galeria aborda a cidade e os seus contornos físicos e sensoriais,
a cidade enquanto armadilha[...]
Esta galeria aborda a cidade e os seus contornos físicos e sensoriais,
a cidade enquanto armadilha que nos torna reféns,
quebrando o elo das raízes ancestrais que nos ligavam à terra,
à natureza,
aos prazeres simples do cheiro a terra molhada.
Através das suas construções monocromáticas no tom de madeira,
nuas,
por vezes austeras,
evoca ...
... evoca vestígios do passado
... evoca um novo mundo, um microcosmos,
brotando do âmago de ruínas construídas (des)propositadamente com essa finalidade
... evoca locais onde se construiu, se habitou e se abandonou
... evoca lugares outrora fortificados, cuja defesa alimentou a solidão
... evoca cidades (des)povoadas, onde deambula a solidão de estar em multidão,
sentindo o pulsar da rotina dos dias
... evoca torres erguidas, onde a rotina habita,
simulacro do desejo, incompleto,
perspectiva de futuro inacabado,
vestígio pré-histórico da história do futuro,
terra, pó, cinza ou nada
... evoca o dilúvio em que nos afundamos,
em que não restarão nem locais, nem lugares, nem cidades:
não haverá lugar à preservação da memória humana!
... até que um novo homem nasça!
a cidade enquanto armadilha que nos torna reféns,
quebrando o elo das raízes ancestrais que nos ligavam à terra,
à natureza,
aos prazeres simples do cheiro a terra molhada.
Através das suas construções monocromáticas no tom de madeira,
nuas,
por vezes austeras,
evoca ...
... evoca vestígios do passado
... evoca um novo mundo, um microcosmos,
brotando do âmago de ruínas construídas (des)propositadamente com essa finalidade
... evoca locais onde se construiu, se habitou e se abandonou
... evoca lugares outrora fortificados, cuja defesa alimentou a solidão
... evoca cidades (des)povoadas, onde deambula a solidão de estar em multidão,
sentindo o pulsar da rotina dos dias
... evoca torres erguidas, onde a rotina habita,
simulacro do desejo, incompleto,
perspectiva de futuro inacabado,
vestígio pré-histórico da história do futuro,
terra, pó, cinza ou nada
... evoca o dilúvio em que nos afundamos,
em que não restarão nem locais, nem lugares, nem cidades:
não haverá lugar à preservação da memória humana!
... até que um novo homem nasça!
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