António Amaralgomes

                                                                                        George Bernard Shaw

                                                                                          Karen Blixen

As coisas são o que são pela sua verdade e são por vezes o seu oposto pelo que aparentam ser. É a capacidade de ser o sim e o não em simultâneo unidos pela mesma essência. ? “ transparências ” ? é o que transparece ser, sendo exactamente o oposto daquilo que é (não há verdade sem falso, não há o sim sem o não, ou o bonito sem o feio), a objectividade acompanha a subjectividade (um valida o outro), pode-se até dizer que é necessário “morrer em vida”, é o ser e o não ser ao mesmo tempo, o positivo e o negativo lado a lado, não como divergentes mas diferentes, numa leitura que não se faz na vertical (acima e abaixo), mas sim na horizontal, é a ? “ razão dos opostos ” ? que apesar da forma como se afastam um do outro (pelo seu significado aparente), tambem eles se aproximam pelas extremidades opostas (pela sua verdade), é um ? “ elemento “ ? com uma estrutura em “ V “ e o ponto de união comum a ambos é a ? “ essência “ ? que surge da desintegração de dois opostos (processo de transformação do elemento). Em síntese, é através da sua essência que num mesmo momento, o mais (+) valida o menos (-) e a verdade valida o falso, da mesma forma que o bonito tornar-se-á feio quando por via da sua essência o feio se tornar bonito. É algo que existe por debaixo da pele é necessário penetrar e ir para lá do superficial ou da aparente percepção.

“ é tudo e não é nada ! “