La forêt aux mille oiseaux (2018) Impressões e gravuras por Mélissa Tresse

Mélissa é uma artista contemporânea nascida em 1985 em Grasse, França, de pais pintores. Ela descobriu sua paixão por desenho e pintura em uma idade muito jovem. Após concluir uma graduação em Artes Plásticas em Toulouse, ela sentiu um forte desejo de aprender novas técnicas, o que a levou a embarcar em uma jornada de exploração.

Suas viagens incluíram um estágio de quatro meses no Atelier Antonin Artaud em Tenerife, onde aprendeu gravura, seguido por uma experiência de sopro de vidro em La Marsa, Tunísia. Ela também viajou para Mali, onde aprendeu a técnica tradicional de tingimento de tecidos “bogolan”. Em 2007, Mélissa se matriculou na École Supérieure des Beaux-Arts em Nîmes, onde teve a oportunidade de participar de uma residência de dois meses na Luxun School na China, concluindo seu DNSEP em 2010.

Atualmente baseada na região de Paris, ela continua a trabalhar e a ensinar gravura, pintura e desenho em seu estúdio. Tendo praticado pintura por vários anos, ela agora está buscando pesquisa paralela em gravura — uma técnica rica que evolui continuamente. Por meio da gravura, Mélissa desenvolve as qualidades gráficas e narrativas de seu trabalho, criando um mundo abundante e meticuloso que se desenrola no papel, deixando rastros de histórias que são estranhas e engraçadas.

Sua pesquisa gráfica foca nas relações sensíveis entre humanos e animais, refletindo seu fascínio pela incrível diversidade da vida e as miríades de formas que ela abrange. Em seus desenhos, ela visa sugerir, em vez de definir, a natureza peculiar dos corpos representados, mantendo um senso de espontaneidade em sua expressão gráfica. Mito e fábula servem como uma linguagem viva que a ajuda a interrogar o presente.

As criações artísticas de Mélissa nascem de construções mentais e arquiteturas poéticas que emergem do solo fértil de mitos e contos, onde histórias antigas ressoam com imagens contemporâneas. Suas imagens oníricas, criadas com traços delicados de caneta, falam de um desejo de encontrar o próprio lugar, habitat e covil — uma obsessão contínua refletida em seu trabalho.