Diz-se que a conhecida consultora de arte Lisa Schiff fechou sua empresa, a SFA Advisory, depois que clientes fiéis a acusaram de usar o dinheiro das vendas para fraudá-los sob um esquema supostamente administrado por suas empresas. Candace Carmel Barasch, uma colecionadora, e Richard Grossman, um advogado, entraram com uma ação contra Schiff em 11 de maio na Suprema Corte de Nova York. Eles alegam que Schiff não pagou a eles US$ 1,8 milhão que lhes devia depois de ajudá-los a vender uma pintura na Sotheby's de Hong Kong. Os documentos do tribunal listam cinco acusações: quebra de contrato, roubo, mentira, quebra de confiança e colaboração com outra pessoa para cometer um delito.
O processo afirma que a Sra. Schiff e suas empresas montaram um esquema Ponzi pegando o dinheiro, contas e obras de arte que os clientes haviam confiado a eles e usando-os, juntamente com o dinheiro obtido com a venda, para financiar o estilo de vida luxuoso da Sra. Schiff. Ela continua dizendo que essas despesas pessoais incluem "um apartamento de $ 25.000 por mês em Nova York", "viagens internacionais de primeira classe com serviços de concierge e limusine, incluindo férias em hotéis cinco estrelas", "faixas de compras em Nova York e na Europa para roupas de grife e joias", "aulas de escola particular para seu filho" e "pagamentos devidos a outros clientes e empresas da Schiff". A Sra. Schiff, suas empresas Schiff Fine Art e SFA Advisory, bem como dez outras pessoas cujos nomes são desconhecidos, são todas apontadas como réus.
A pintura de 2019 de Adrian Ghenie, "O Tio 3", está no centro da disputa. Schiff chamou a atenção de Barasch para esta pintura em abril de 2021. Barasch a comprou junto com Grossman e sua esposa. Barasch comprou 50% das ações e Grossman e sua esposa compraram 25% cada. Em dezembro de 2022, os três proprietários revenderam a obra por meio da Sotheby's Hong Kong por US $ 2,5 milhões. Schiff ajudou a fechar o negócio. No processo, é dito que eles entraram em um acordo verbal de que Schiff receberia 10% do preço líquido de compra, que totalizou $ 250.000. A Sotheby's não disse nada. Em janeiro, Schiff deu a Barasch e Grossman $ 225.000 cada. Ela teria prometido que o restante do dinheiro das vendas, que totalizaram US$ 1,8 milhão, chegaria em 26 de março. A denúncia diz que ela então pediu uma prorrogação de um mês, dizendo que era uma "acomodação para compradores de Hong Kong", e depois outra prorrogação de duas semanas. Em 8 de maio, quando o pagamento era devido, a esposa de Grossman teria perguntado a Schiff sobre o dinheiro desaparecido. Esta teria respondido que não tinha e que precisava chamar um advogado. A denúncia diz que as conversas subsequentes com o advogado de Schiff "mostraram que Schiff não poderia pagar o dinheiro devido, e isso foi apenas a ponta do iceberg". "Os queixosos agora são vítimas do mais recente golpista de arte e devem ir ao tribunal para reaver seu dinheiro.
Grossman e Barasch dizem que conhecem Schiff há quase 20 anos e a consideram um membro da família e um conselheiro de confiança. Barasch disse que Schiff a ajudou a tomar "decisões informadas". Ela também afirma que o negociante de Los Angeles David Kordansky ligou para ela no verão passado para verificar o pagamento de uma obra de arte que ela comprou por meio de Schiff. Os demandantes descobriram recentemente que o fato de os réus não pagarem a Kordansky Gallery em dia fazia parte de seu plano para enganar seus clientes. Barasch e Grossman querem ser ouvidos por um júri e pedem mais de US$ 2 milhões por danos. Eles também afirmam que Schiff lhes deve a comissão de $ 250.000 que ganhou com a venda da pintura, mais juros, e que eles devem receber a pintura de volta imediatamente. Eles não sabem onde ele está agora.
Jean Dubreil