Pittura metafisica. After Giorgio di Chirico (2022) Fotografia por Marta Lesniakowska

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Et quid amabo nisi quod aenigma est?/co mam kochać, jeśli nie enigmę? – zapisał młody Giorgio de Chirico na swym autoportrecie w 1911 roku, w okresie, gdy wypracowywał swoją koncepcję „pittura metafisica”, malując dziwne obrazy pełne nostalgii, napiętego oczekiwania i wyobcowania, o nielogicznych, drastycznie oddalających się perspektywach, w których[...]
Et quid amabo nisi quod aenigma est?/co mam kochać, jeśli nie enigmę? – zapisał młody Giorgio de Chirico na swym autoportrecie w 1911 roku, w okresie, gdy wypracowywał swoją koncepcję „pittura metafisica”, malując dziwne obrazy pełne nostalgii, napiętego oczekiwania i wyobcowania, o nielogicznych, drastycznie oddalających się perspektywach, w których kompulsywnie pojawia się jego ulubiony motyw: rzucające długie cienie arkady. "Rzymska arkada jest losem (...), jej głos przemawia zagadkami, które są przepełnione swoistą rzymską poezją" /, pisał. Pierwszy z jego cyklu "metafizycznych placów miejskich" i najbardziej znany: „Enigma jesiennego popołudnia”, powstała, jak wiemy, po objawieniu, jakiego de Chirico doznał na Piazza Santa Croce we Florencji (1910-11). Sto lat potem obraz z jego semantyką stał się tematem postmodernistycznej gry Philipa Starcka, który na dachu Azkuna Zentroa w Bilboa „odtworzył” w realu arkady z obrazu de Chirico. Wejście w tę przestrzeń wytwarza ów efekt „pamiętającego spojrzenia”: ostre geometryczne formy, nasycona kolorystyka ceglanych arkad na tle kiczowato intensywnego lazuru nieba, mocny światłocień. Obraz żywy. Moja fotografia jest kolejną grą: równocześnie z obrazem de Chirico i z Philipem Starck’iem, pytając, czy da się dzisiaj przywołać zagubiony przez postmodernistyczną groteskę sens „metafizycznego aspektu” de Chirico i czym on jest, lub może być, dzisiaj. (ml)

Fotografia reprodukowana w artykule: Olimpia Gaia Martinelli, Portrait d'Artiste:Marta Lesniakowska, "Artmajeur Magazine" 2023 nr 26 p. 38-40.

Et quid amabo nisi quod aenigma est?/What am I to love if not an enigma? - wrote the young Giorgio de Chirico on his self-portrait in 1911, during the period when he was working out his concept of "pittura metafisica," painting strange paintings full of nostalgia, tense anticipation and alienation, with illogical, drastically distant perspectives, in which his favorite motif compulsively appears: arcades that cast long shadows. "The Roman arcade is fate (...), its voice speaks riddles that are filled with a kind of Roman poetry" /, he wrote. The first of his series of "metaphysical city squares" and the most famous: "The Enigma of an Autumn Afternoon," was created, as we know, after the revelation de Chirico experienced in Piazza Santa Croce in Florence (1910-11). A century later, the painting with its semantics became the subject of a postmodern play by Philip Starck, who "recreated" the arcade from de Chirico's painting in real life on the roof of Azkun Zentroa in Bilboa. Entering this space produces that "remembering gaze" effect: sharp geometric forms, saturated colors of brick arcades against a kitschy intense azure sky, strong chiaroscuro. A vivid image. My photography is the next game:: simultaneously with de Chirico's painting and with Philip Starck's, asking whether it is possible today to evoke the sense of de Chirico's "metaphysical aspect" lost by the postmodern grotesque, and what it is, or can be, today. (ml)

Photograph reproduced in the article: Olimpia Gaia Martinelli, Portrait d'Artiste:Marta Lesniakowska, 'Artmajeur Magazine' 2023 no. 26 p. 38-40.

Collector's photography color digital on archival paper Hahnemühle Photo Rag Baryta 315g (semi-flash), archival paper, acid-free signed on the face and on the reverse,
dated 2022/ life time print 2022 Image size 40x40 cm, paper 50x50 cm
Copy no. 1 from a limited edition of 5 copies. not glued, without frame, without damages.
Certificate of Authenticity.
Ref. archive file: L1220421.DNG
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Marta Lesniakowska é artista fotógrafa mas também, ao mesmo tempo, historiadora e crítica de arte, faz pesquisas sobre cultura visual. É isso que determina a sua abordagem à fotografia: uma estratégia[...]

Marta Lesniakowska é artista fotógrafa mas também, ao mesmo tempo, historiadora e crítica de arte, faz pesquisas sobre cultura visual. É isso que determina a sua abordagem à fotografia: uma estratégia do “olhar que recorda”, que recorda imagens familiares da história da arte para as transmitir/intertextualizar. Seu diálogo com eles consiste em se perguntar se é possível evocar seus significados e o que são ou podem ser hoje. Ela é fascinada pela luz - seu papel na construção da imagem, o parergon que cria a imagem. É por isso que, na fotografia de rua, ela analisa o jogo de claro e escuro, a relação entre nitidez e desfoque e a interpenetração de imagens como realidades simultâneas. Desta forma, ela traz à tona o caráter misterioso da cidade, remetendo à estética do cinema negro e ao mestre da fotografia de rua do século XX, Saul Leiter.(ml)

Quando ela tira fotos, nada é mais ou menos importante para ela; o seu olhar é muitas vezes regido pelos princípios dos poetas minimalistas: a economia do detalhe, a descoberta de subtextos e insinuações escondidas em objectos invisíveis e fragmentos da realidade quotidiana.

Marta Lesniakowska vive e trabalha na Polônia. Suas obras fazem parte de coleções públicas (Museu Nacional de Wroclaw, Museu de Bydgoszcz) e coleções particulares (Holanda, Dinamarca, Alemanha, Suécia, Suíça, Estados Unidos).

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