Entre o mar e o céu (2021) Fotografia por Luís Da Cunha Pais

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Cabo Raso, Cascais, Portugal Impressão: "Belas artes" - Acabamento mate em papel 100% algodão 308 g. (Hahnemühle Photo Rag 308g) Excepcionalmente grosso, papel 100% algodão, levemente texturizado, luminoso, sua superfície oferece uma incrível renderização aveludada. Foi especialmente desenvolvido para a reprodução[...]
Cabo Raso, Cascais, Portugal

Impressão:
"Belas artes" - Acabamento mate em papel 100% algodão 308 g. (Hahnemühle Photo Rag 308g)
Excepcionalmente grosso, papel 100% algodão, levemente texturizado, luminoso, sua superfície oferece uma incrível renderização aveludada. Foi especialmente desenvolvido para a reprodução de obras de arte com grande profundidade de imagem. Sua superfície muito fina e macia fornece cores intensas e pretos profundos com excelente resistência ao envelhecimento.
Nota: Outros tamanhos, tipos de papel ou suportes podem ser fornecidos sobre consulta. (contacte-me).

Mar da minha Infância
 
Dos tempos de infância, ficaram-me as calemas, um mar imenso, um lugar de meditação, onde contemplava o infinito, procurando sentido para o que sinto.
No mar encontrava, grandeza, distância, sensação de impotência e falta de controlo ou domínio da imensidão desta paisagem. Mergulhava no seu interior, sustinha a respiração, parava os movimentos por completo e apoderava-se de mim um sentido de pertença, eu fazia parte daquela infinidade que me rodeava.
 No bater das ondas, contra o peito colado á areia do fundo de um mar em tempo de calema, encontrava a segurança, onde me podia refugiar.
 Volto a olhar o mar. Contemplo-o por tempos e tempos, um mar imenso, sempre diferente, cheio de força.  Sinto ausência, permanência, solidão e partilha. Fecho os olhos. Tudo se esvanece, como a espuma do mar, como se tudo se arrastasse no tempo entre tempestades, entre bonanças e ausências, entre distâncias e proximidades.
Neste mar procuro, perco e reencontro. Sorrio e amo, como num jogo de forças, como na vida.
 Cabo da Roca, Portugal

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Luís da Cunha Pais é um fotógrafo artista que procura encontrar ambientes e detalhes da realidade que o inspirem a tirar fotos, que lhe contem histórias carregadas de emoção[...]

Luís da Cunha Pais é um fotógrafo artista que procura encontrar ambientes e detalhes da realidade que o inspirem a tirar fotos, que lhe contem histórias carregadas de emoção e sentimento, viajando muitas vezes para os lugares da sua infância e para as raízes da sua existência humana. Lugares onde procura, onde se perde e onde se reencontra. É na fotografia que, com leveza, consegue exprimir o que sente e nela se sente o amor pela vida.

Nasceu em Angola em 1955 e foi naquela terra e nas calemas, um mar imenso, que experimentou lugares de meditação, lugares onde procurou sentido para as suas emoções. Foi no bater das ondas, contra o peito colado á areia do fundo do mar em tempo de calema, que encontrou um sentido de pertença e a segurança, onde se podia refugiar.

Com a fotografia procura captar o ângulo certo, a melhor luz e a melhor cor, transformando a realidade em emoções e sentimentos que nos fazem querer olhar, ver, estar ali e sentir que a vida, na sua inquietude coexiste com o belo.

Luís da Cunha Pais deixou a profissão de Técnico Industrial, há cerca de 30 anos e começou a estudar e a trabalhar em fotografia. Foi a caminhar e a “bater de porta em porta” que começou por divulgar a sua fotografia até conseguir o seu primeiro emprego, num estúdio fotográfico.

Estudou nas escolas Arco e Maumaus, em Lisboa. Fez vários workshops de fotografia, de vídeo e de Educação pela Arte, mas foi o de Fine Arte e o curso com Thomas Joshua Cooper que o marcaram.

Luís da Cunha Pais apaixonou-se pela fotografia e a cada disparo da sua máquina surpreende-se e funde-se com os detalhes da vida e da imagem.

Ana Cristina Conceição.

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