whatsapp-image-2018-05-09-at-16-23-17.jpeg (2018) 绘画 由 Jaciel Vidal

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  • 原创艺术品 绘画, 在帆布上
  • 外形尺寸 高度 11.8in, 宽度 9.5in
  • 分类 画作 低于US$500 抽象主义
Obra realizada a partir de conflito gerado em sala de aula de teatro, onde através de uma experiencia descomunal foi possível a realização da obra "A Reencarnada" que consigo traz um poema. Aula Eu quero brinca; eu quero brinca; eu quero brinca na terra do baobá. Brinca de sereia que se enraíza[...]
Obra realizada a partir de conflito gerado em sala de aula de teatro, onde através de uma experiencia descomunal foi possível a realização da obra "A Reencarnada" que consigo traz um poema.

Aula
Eu quero brinca;
eu quero brinca;
eu quero brinca na terra do baobá.

Brinca de sereia que se enraíza no mar;
brinca, brincar, brinca e brinca de;
brincar de ficar no canto, de cantar de soar;
brinca de pular, de sentir de enraizar.

O meu corpo perde toda agua dele;
se desvai como fossa séptica;
tira o podre de dentro que sufoca-me por dentro.

A carne filtra;
filtra tudo, rasca a pele e mina água;
suor do meu esforço, garantia da dadiva divina;
dispor-me-ei do mau e trarei para fora a vida.

A água, essa que não mata a sede;
água essa que mata a fome;
água fonte de fome do saber;
água fome de comer, fome de trazer;
trazer a alma para fora;
alma do corpo;
alma fora do corpo.
Não fora do espaço;
não fora;
não fora de si;
trazer a alma para o espaço.

As linhas que seguia traços rentes me cercavam;
as linhas impediam-me;
as linhas da forma ou da forma.

O calcanhar de Aquiles;
o calcanhar segue e deita;
o calcanhar sofre e sente a flecha;
o calcanhar rasga sente;
o calcanhar dar-se a vida para sucumbir.

Não esta aqui a planta;
planta de vida;
planta que, planta que seca sem o tão amargo suor.

Hoje é merda;
hoje é merda de;
hoje é merda de estume;
merda que transfigura.

Deleitei-me de estar aqui;
aqui mais uma;
mais uma vez dou vida em favor da vida.

As forças se restituem o novo me contempla;
a forças que sucumbem o cansaço de lutar;
as forças que não querem perseverar no que ainda desconheço.

Viverei eu mais um dia para que possa escrever;
escrever sobre a folha em branco;
branca não sobre linhas;
linhas que me conduzem;
linhas que conduziram;
linhas que não me conduzem hoje.

Me levei a plantar-se;
a plantar-se no espaço;
no espaço de onde sempre fiz parte;
no espaço que, no entanto nunca notei.

Apreciei minha presença;
presença que para ti transparente fui;
presença para tu e não só para tu;
sou não mais, transparente.

Aqui sou transcendente;
aqui do que vivo a vida sem escolhas pensadas;
aqui escolhas mas, por escolhas tomadas e agredidas.

A linha do tempo se desvai e perco-me no profundo branco;
no branco do branco da cor do branco;
branco que já é transparente;
branco que consome as palavras tatuadas;
branco sobre a pele me tornado;
branco não, que não queria, mas me tornei,
tornei-me tão preto que;
preto da mais pura branca luz.

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