Senhora da Rocha (Lagoa, Algarve,PT) (2018) Pintura por Inês Dourado

óleo sobre cartão-tela mdf, 24cm x 30 cm
(oil on panel canvas mdf)

Alguma História do local representado:

Nossa Senhora da Rocha situa-se na freguesia de Porches, concelho de Lagoa (Faro, Algarve, Portugal).
Segundo os estudos efectuados pela DGPC (Direcção Geral do Património Cultural) subsistem ainda “muitas dúvidas acerca das origens da capela de Nossa Senhora da Rocha, bem como do presumível forte que, inicialmente, aqui existiu.” (1)
A localização privilegiada da Nossa Senhora da Rocha - um cabo formado por rochas escarpadas – conferia-lhe uma posição dominante sobre a costa, que ia (e vai) desde Ossonoba (nome romano da actual cidade de Faro) e Lacobriga (nome romano da actual cidade de Lagos), assim como a protecção da “praia originariamente com acesso apenas por via marítima" e "um porto fechado entre amplas falésias" (MACIEL, Justino, 2003, p.119).
Apesar da ausência de pesquisas arqueológicas, alguns estudiosos acreditam que o local terá tido também utilização militar aquando da invasão dos muçulmanos à Península Ibérica.
Sobre a existência de um castelo medieval pouco se sabe, para além de que foi doado pelo rei D. Afonso III (1248-1279) aos eu chanceler D. Estevão, por documento passado em Santa Maria de Faro, em Fevereiro de 1250. (
Actualmente no interior do forte apenas existe uma ermida, cuja data de construção se desconhece. Todavia, reza a lenda local que terá havido uma aparição da Virgem e que D. Dinis a terá mando construir para a proteger.
Existem também alguns documentos do século XVI, que dão notícia que D. João III (1521-1557) mandou “erguer” o forte para defender a praia dos ataques dos Mouros. No final deste mesmo século é mencionado um governador de nome Tomé Gonçalves e refere-se a existência de um forte no local.
No século XIX, ano de 1821, consta que o forte já estava bastante danificado – a erosão marítima, na base das falésias, conduzira à progressiva derrocada.
No século XX: tanto o forte quanto a capela de Nossa Senhora da Rocha são considerados como Imóveis de Interesse Público (decreto de 25 de Outubro de 1963). Neste ano de 1963 houve obras de intervenção parcial e de restauro a cargo da DGEMN (Direcção Geral dos Edíficios e Monumentos Nacionais). Parcialmente restaurada desde a década de 60 do século XX, “o local continua a aguardar um projecto de investigação coerente e alargado, que permita responder às múltiplas questões que se colocam sobre este insólito monumento.”(1)

(1)patrimoniocultural

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