Carla Lima, nascida em 1970 em Luanda, veio para Portugal em 1975. Licenciou-se em História da Arte em Coimbra e é através da pintura que se consegue expressar criativamente. Crescendo no meio de uma família que valorizava a expressão artística, amante da arte, considera-se uma pintora autodidata. Inicialmente, as suas explorações artísticas foram guiadas pela sua intuição, pela busca incessante por novas formas de expressão e por um desejo de compreender as nuances da pintura abstrata. Sem as restrições de um currículo formal, mergulhou em experimentações audaciosas, tanto nas suas obras em aguarela como nas suas pinturas sobre tela em acrílico, desenvolvendo uma linguagem única que caracteriza a sua obra. A sua pintura revela um jogo intrincado de formas e cores, refletindo uma mente inquisitiva, sedenta por descobertas, sendo o reflexo visual das suas emoções mais profundas e experiências de vida. Carla Lima vê cada pincelada como uma jornada de autodescoberta, criando um diálogo íntimo entre a tela e sua expressão interior. Ao expressar-se através de pinceladas livres e desprovidas de convenções, procura destacar a importância do afeto, evidenciando sempre um elevado rigor perante sua própria arte. Desde cedo que o abstrato se tornou na sua linguagem preferida para transmitir a complexidade de seus sentimentos. A sua pintura encontra inspiração em diversos movimentos artísticos, notando-se uma marcante afinidade com o expressionismo abstrato, uma forma de arte expressiva que transcende a representação figurativa. Carla Lima aposta nessa expressão subjetiva, cujo objetivo primordial é evocar emoções no espetador. A interpretação da sua pintura repousa na subjetividade de cada indivíduo, podendo cada um vislumbrar nela um universo interior pessoal.
A sua jornada como pintora autodidata tem sido um testemunho inspirador de como a paixão, a autenticidade e a busca incessante pela expressão artística podem moldar uma carreira distinta no cenário da pintura abstrata.