Com formação na área de Ciências Sociais, a Arte e a Psicanálise foram sempre grandes paixões, motores do processo de se entender no mundo. Com o tempo, estudos e visitações diversas, descobriu a potência da colagem em materializar diálogos internos e coletivos. Seu trabalho mescla obras clássicas e contemporâneas, de diferentes movimentos, fotografias e elementos corriqueiros com o objetivo de endereçar questionamentos pessoais e convidar o interlocutor a se permitir viver sensíveis provocações.
Adriana Benatti, ítalo-brasileira, nascida em 1985, é formada em Relações Internacionais, Mestre e Doutora em Economia pela Universidade de São Paulo e concluiu cursos de pós-graduação em História da Arte e Psicanálise.
Por meio de suas colagens, conta histórias e traça rotas de conexão com aqueles que as observam, seja por familiaridade, acolhimento ou desconforto emocional. O trabalho da artista diferencia-se por transcender os limites convencionais da arte através de colagens e técnicas mistas, reunindo correntes artísticas e temporalidades diferentes e, por vezes, antagônicas. Suas obras são uma expressão sincera e integral de sua identidade e visão peculiar de enxergar a vida.
Adriana Benatti, cria um diálogo entre o mundo real, o mundo da arte e o universo interior, incorporando em suas obras elementos do cotidiano, provocando conexão imediata com a realidade individual do interlocutor. Há uma profunda pesquisa por trás da criação de cada narrativa, para só então, iniciar o processo de construção de cada história.
Através da desconstrução e reconstrução de imagens cuidadosamente selecionadas, a artista busca estabelecer uma ponte entre o passado e o presente. Com intensa dedicação, habilidade e criatividade, combina diferentes elementos para criar imagens provocativas e impactantes que convidam o espectador a refletir sobre questões importantes que afetam a existência cotidiana.
As obras são provocativas e instigantes, levando o espectador a refletir sobre suas próprias memórias, escolhas e comportamentos. Cada imagem criada é única e transmite uma mensagem poderosa e intensa sobre as formas de existência no mundo.
Um dos elementos mais peculiares na construção desses enredos é a utilização de fotografias históricas, de grandes artistas, ou fotografias autorais como base e suporte para inserção de outras técnicas, muitas vezes nos levando a recordar nossa própria origem e biografias. É aqui onde o espectador se torna parte da narrativa da artista.