Invader: O visionário transformando cidades com mosaicos pixelados e arte urbana

Invader: O visionário transformando cidades com mosaicos pixelados e arte urbana

Selena Mattei | 1 de ago. de 2024 6 minutos lidos 0 comentários
 

Invader é um artista de rua francês conhecido por seus mosaicos pixelados inspirados em gráficos de videogame de 8 bits, que ele instala em espaços urbanos ao redor do mundo. Seu projeto exclusivo, “Space Invaders”, envolve colocar esses mosaicos em espaços públicos, transformando paisagens urbanas em experiências artísticas interativas.




Invasor

Invader, nascido Franck Slama em 1969 em Paris, França, é um renomado artista de rua contemporâneo mais conhecido por suas obras de arte em mosaico inspiradas nos gráficos pixelados dos videogames dos anos 1970 e 1980. Operando sob o pseudônimo Invader, ele se tornou uma figura central na cena da arte urbana, com suas obras visíveis em cidades ao redor do mundo.

Invader opera incógnito, frequentemente usando uma máscara e trabalhando principalmente à noite. Para manter seu anonimato durante as entrevistas, ele pixeliza sua imagem ou usa uma máscara. Ele afirma que apenas um punhado de pessoas conhece sua verdadeira identidade e que seus pais acreditam que ele trabalha como ladrilhador na indústria da construção.

A jornada artística de Invader começou no final dos anos 1990, quando ele começou a criar e instalar seus mosaicos distintos em espaços públicos. Sua primeira invasão ocorreu em Paris em 1998 e, desde então, ele expandiu suas operações globalmente. Cada peça, normalmente apresentando personagens de jogos icônicos como Space Invaders, Pac-Man e Super Mario Bros., é meticulosamente trabalhada usando pequenos ladrilhos para replicar a aparência de pixels digitais. As obras de arte são colocadas estrategicamente em ambientes urbanos, geralmente no alto de paredes ou em locais de difícil acesso, desafiando tanto o artista quanto o observador.

O conceito por trás do trabalho de Invader é multifacetado. Em um nível, ele homenageia os primeiros dias dos videogames, evocando nostalgia por uma geração que cresceu com esses jogos. Em outro, ele se envolve com o ambiente urbano, transformando paisagens urbanas mundanas em telas lúdicas e instigantes. Cada peça é catalogada e recebe um número de identificação exclusivo, contribuindo para uma narrativa maior de uma invasão global.

O impacto de Invader no mundo da arte se estende além de suas instalações de rua. Ele expôs seu trabalho em inúmeras galerias e museus, incluindo o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles e o Musée en Herbe em Paris. Suas exposições geralmente apresentam uma combinação de seus mosaicos de rua, instalações em larga escala e obras digitais, borrando ainda mais a linha entre arte de rua e belas artes.



Um de seus projetos mais ambiciosos é "Space Invaders", uma série contínua onde ele pretende instalar 1000 mosaicos exclusivos em cidades do mundo todo. Este projeto não só mostra sua dedicação ao seu ofício, mas também convida os espectadores a verem seus ambientes urbanos sob uma nova luz. As obras de Invader podem ser encontradas em cidades como Nova York, Tóquio, Londres e São Paulo, cada instalação contribuindo para uma espécie de jogo global, onde os fãs de seu trabalho podem "colecionar" avistamentos de suas peças.

Em 2015, Invader levou seu conceito a um novo patamar com o lançamento do aplicativo móvel "FlashInvaders", um jogo que permite aos usuários caçar seus mosaicos e marcar pontos fotografando-os. Essa abordagem inovadora mescla sua arte de rua com tecnologia digital, criando uma experiência interativa para seu público.

Apesar de sua fama generalizada, Invader permanece anônimo, guardando cuidadosamente sua identidade para manter a pureza de seu trabalho e sua natureza de guerrilha. Seu anonimato lhe permite continuar trabalhando sem as restrições e pressões que frequentemente vêm com o reconhecimento público.

A influência de Invader na arte de rua contemporânea é inegável. O trabalho de Invader confunde as linhas entre a arte de rua e as formas de arte tradicionais, frequentemente incorporando elementos da cultura pop e tecnologia. Sua abordagem atraiu atenção e respeito significativos no mundo da arte, levando a exposições em galerias e museus, bem como vários livros de arte documentando seu trabalho.

Por meio de seu uso inovador de pixel art e sua abordagem global à arte de rua, Invader se tornou uma figura significativa na arte urbana contemporânea, contribuindo para o diálogo entre o espaço público e a expressão artística.

Invasor - Cubo Mágico (2022).

Arte do cubo mágico do invasor

Desde 2004, a Invader se aprofundou no Rubikcubismo, um estilo único que emprega Cubos de Rubik para criar imagens pixeladas. Essa técnica envolve usar um programa de computador para calcular a distribuição precisa de cores em cada Cubo de Rubik necessária para obter uma imagem específica. A Invader então organiza os cubos para formar o padrão desejado, que é anexado a uma placa de apoio. Cada peça normalmente consiste em cerca de 300 cubos, mede aproximadamente 0,9 por 1,3 metros (3 pés × 4 pés) e pesa aproximadamente 36 quilos (80 lb), embora as dimensões possam variar dependendo do assunto e do nível de detalhes.

Rubikcubism é organizado em três séries principais: "Bad Men", com retratos de figuras infames como Osama bin Laden, Jaws e Al Capone; "Masterpieces", que reinterpreta pinturas famosas de artistas como Delacroix, Warhol, Seurat e Lichtenstein; e "Low Fidelity", com base em capas de álbuns icônicas como "Country Life", "The Velvet Underground & Nico" e "Nevermind". Trabalhos notáveis incluem interpretações da Mona Lisa, do Dalai Lama e um retrato proeminente de Florence Rey de 2005. Rubikcubism, do Invader, funde a natureza lúdica e interativa do Cubo Mágico com pixel art, destacando sua abordagem inovadora à arte urbana contemporânea.


Invasores do espaço

Space Invaders é um dos projetos mais icônicos e contínuos de Invader, refletindo seu fascínio pela pixel art e pela cultura dos videogames. Lançado no início dos anos 1990, o projeto envolve a instalação de pequenos mosaicos coloridos de personagens pixelados inspirados no clássico jogo de arcade "Space Invaders". Esses mosaicos são colocados em espaços públicos em cidades ao redor do mundo, transformando ambientes urbanos em uma espécie de galeria de arte interativa.

O projeto brinca com o conceito de invasão, tanto no sentido literal de colocar arte em áreas urbanas quanto no sentido lúdico de "invadir" espaços públicos com esses personagens pixelados. O trabalho de Invader neste projeto frequentemente envolve selecionar cuidadosamente locais que se alinham com o caráter da cidade ou área, tornando cada instalação única e contextualmente relevante.

O projeto Space Invaders se tornou um fenômeno cultural significativo, influenciando tanto a arte de rua quanto as práticas de arte contemporânea. Ele preenche a lacuna entre a arte tradicional e a tecnologia moderna, fundindo pixel art com a estética do espaço urbano.

O projeto abrange todo o mundo, incluindo grandes centros urbanos como Nova York, Tóquio, Londres e Berlim. O trabalho de Invader é projetado para se misturar ao ambiente urbano, tornando cada peça uma interação única entre a arte e seu cenário. Cada peça é projetada para ser uma adição sutil, mas marcante, à paisagem urbana, convidando os transeuntes a descobrir e apreciar a arte em seus ambientes cotidianos. Este projeto contribuiu significativamente para a reputação de Invader e o estabeleceu como uma figura importante na arte de rua contemporânea.



Algumas das instalações do Invader são catalogadas em uma série de mapas e guias, permitindo que fãs e colecionadores as localizem e documentem. Esse aspecto do projeto adiciona uma qualidade de jogo, encorajando as pessoas a procurar e encontrar as obras de arte.

Os Space Invaders do Invader foram apresentados em várias exposições de arte e ganharam atenção significativa da mídia. O projeto continua a evoluir, com novas instalações e adaptações refletindo mudanças tanto na tecnologia quanto nas paisagens urbanas.

O projeto Space Invaders destaca a abordagem inventiva de Invader à arte de rua, fundindo a cultura dos jogos com a arte pública e transformando espaços urbanos em experiências artísticas vibrantes. Seu impacto na arte contemporânea é profundo, pois seus métodos distintos e comprometimento com seu ofício inspiram uma nova onda de artistas. Seu trabalho é um testamento ao espírito lúdico e desafiador do movimento da arte de rua. A cada nova "invasão", Invader ultrapassa os limites da arte pública e sua relação com a era digital, garantindo sua influência duradoura nas paisagens urbanas que ele reimagina.


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