Cody Choi: Eu quero criar

Cody Choi: Eu quero criar

Olimpia Gaia Martinelli | 10 de jun. de 2025 5 minutos lidos 0 comentários
 

"Como dançarina e coreógrafa profissional, o movimento foi minha primeira linguagem de expressão, e essa base impulsiona tudo o que crio. Meu primeiro amor como criativa é a coreografia."...


O que inspirou você a criar arte e se tornar um artista?

Eu quero criar. Felizmente, descobri a dança e a fotografia. Ver dançarinos expressando emoções que as palavras muitas vezes não conseguem transmitir me fez querer eternizar aqueles momentos fugazes para sempre.

Qual é sua formação artística, as técnicas e os temas que você experimentou até agora?

Como dançarina e coreógrafa profissional, o movimento foi minha primeira linguagem de expressão, e essa base impulsiona tudo o que crio. Minha primeira paixão como criativa é a coreografia.

Atuar em O Lago dos Cisnes, de Matthew Bourne, despertou meu fascínio pela narrativa corporal. Ao migrar para a fotografia, eu queria capturar a beleza efêmera da dança — o momento fugaz em que arte, técnica e emoção pura convergem.

Sou formada em dança profissional, então entendo as nuances do movimento e da performance, como coreografar, dançar e respirar juntos!

Meus temas principais foram dançarinos contemporâneos e clássicos, também monges, dançarinos de pole dance, além de capturar dança em ambientes não convencionais.

Quais são os 3 aspectos que diferenciam você de outros artistas, tornando seu trabalho único?

1. Perspectiva da Dançarina : Como ex-bailarina profissional de O Lago dos Cisnes , de Matthew Bourne, e coreógrafa na Royal Opera House e na World Dance Alliance, trago uma compreensão privilegiada do movimento, da técnica e da emoção. Isso me permite antecipar e capturar o momento perfeito em que a arte de uma bailarina está no auge.

2. Energia: Adoro pular, adoro estar cheia de energia, adoro ir ao máximo. Adoro energia e persistência acima de tudo!

3. Menos planejamento: geralmente encontramos a mágica quando coreografamos juntos durante a filmagem sem muito planejamento prévio

De onde vem sua inspiração?

A inspiração vem dos próprios dançarinos — sua disciplina, graça e humanidade. Também me inspiro profundamente nos ritmos da natureza, nas artes visuais e em memórias pessoais. Observar como a luz incide sobre um objeto ou como um movimento se desenvolve durante o ensaio pode gerar ideias para uma série inteira.

Adoro histórias em quadrinhos, filmes, música e esportes!

Qual é a sua abordagem artística? Que visões, sensações ou sentimentos você deseja evocar no espectador?

Meu objetivo é evocar a intensidade visceral da dança — sua beleza, vulnerabilidade e poder. Por meio da minha fotografia, quero que o espectador sinta como se tivesse entrado em um momento fugaz de movimento, que sinta a respiração, a tensão e a liberação do corpo de um dançarino.

Como é o processo de criação das suas obras? É espontâneo ou envolve um longo processo preparatório?

O processo é profundamente espontâneo. Embora eu possa entrar em uma sessão de fotos com um conceito ou emoção vago que quero capturar, deixo o momento me guiar. Trabalhar com dançarinos é como dançarmos juntos — é uma questão de responder à energia, ao movimento e à interação da luz em tempo real. Muitas vezes, as melhores imagens surgem de momentos inesperados, onde o instinto toma conta e a arte se revela organicamente. É sobre permanecer presente e confiar no fluxo.

Você usa alguma técnica de trabalho específica? Se sim, pode explicá-la?

Modo de tiro único. Essa é a diversão e o desafio, mas também a crença.

Há algum aspecto inovador no seu trabalho? Pode nos contar quais?

Integrei minha formação em coreografia à fotografia, tratando sessões fotográficas como performances. Também combino dança e fotografia com mapeamento de projeção, sobrepondo imagens a dançarinos ao vivo para criar instalações imersivas que confundem a linha entre imobilidade e movimento.

Onde você produz suas obras? Em casa, em um ateliê compartilhado ou no seu próprio ateliê? E nesse espaço, como você organiza seu trabalho criativo?

Trabalho em um estúdio equipado com iluminação profissional e amplo espaço para movimentação. Quando filmo em locação, levo equipamentos portáteis. Meu estúdio é meticulosamente organizado para acomodar a colaboração com dançarinos e a experimentação técnica.

Seu trabalho te leva a viajar para conhecer novos colecionadores, para feiras ou exposições? Se sim, o que isso te traz?

Essa é uma das melhores partes de ser artista! Já viajei para mais de 30 cidades exibindo minha arte, me apresentando, coreografando e explorando!

Essas experiências enriquecem minha perspectiva criativa e me ajudam a me conectar com colecionadores, dançarinos e coreógrafos de diversas culturas.

Como você imagina a evolução do seu trabalho e da sua carreira como artista no futuro?

Quero que meu trabalho evolua em direção a culturas difíceis

Qual é o tema, estilo ou técnica da sua última produção artística?

Minha produção artística mais recente foca no tema da força e da sensualidade por meio da fotografia de pole dance. O estilo enfatiza o contraste, usando iluminação dramática para destacar a incrível fisicalidade e graça das dançarinas de pole dance. Meu objetivo é capturar a dualidade de poder e vulnerabilidade em seus movimentos, muitas vezes criando momentos congelantes que destacam suas linhas dinâmicas e foco intenso.

Você pode nos contar sobre sua experiência mais importante em uma exposição?

Comecei minha jornada como fotógrafo de belas artes depois de me inspirar na The Other Art Fair em 2013!

Essa foi minha primeira experiência em uma feira de arte, durante a segunda edição da The Other Art Fair. Foi um momento verdadeiramente revelador para mim. Na época, eu estava dedicando toda a minha energia a ser dançarina e coreógrafa profissional, deixando pouco espaço para qualquer outra coisa.

Ver uma gama tão diversa de estilos únicos e ouvir as histórias incríveis por trás das obras de arte foi INCRÍVEL! Me inspirou a pensar: "E se eu pudesse fazer isso também?"

Então, decidi arriscar. Inscrevi-me para a próxima feira, fui aceito e, para minha alegria, vendi 28 peças na minha primeira exposição! Desde então, participei de 21 feiras com a TOAF em várias cidades, cada experiência tão emocionante quanto a anterior.

Se você pudesse criar uma obra famosa na história da arte, qual escolheria? E por quê?

Será O Lago dos Cisnes, de Matthew Bourne. Simplesmente único, inspirador, poderoso e tocante!

Se você pudesse convidar um artista famoso (vivo ou morto) para jantar, quem seria? Como você sugeriria que ele passasse a noite?

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