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原创艺术品 (One Of A Kind)
绘画,
丙烯
在帆布上
- 外形尺寸 高度 31.5in, 宽度 39.4in
- 艺术品状况 艺术品完好无损
- 是否含画框 此作品未装裱
- 分类 画作 低于US$5,000 象征主义 奇妙
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Suspiro de Alma
À noite sob o céu pouco estrelado da cidade, olhamos as nuvens. Vogam no sentido do vento. Vêm do nada e caminham para o nada. Nascemos de uma espécie de sopro e desvanecer-nos-emos em poeira escura, de ossos. Só permanecerá a memória. Ninguém é capaz de explicar, mas todos somos capazes de nos descendermos. Na Arte também é assim; do nada surgem formas, cores, texturas. Depois misturam-se e formam coisas únicas, poucas vezes, tal como as pessoas de extremo valor.
O artista é aquele que é capaz de interpretar e significar os factos, os aspectos mágicos que fogem ao comum. Criar uma peça, um desenho, uma música, um texto, é fazer surgir do nada uma personalidade, um ente que terá vida além dele. Depois é uma espécie de combate entre o que fez e si próprio.
No fundo a procura do mensageiro que todos somos.
João Andrade tem 51 anos, nasceu em Tomar uma antiga cidade medieval no centro, mesmo no centro, de Portugal. Assume-se como Ribatejano. A sua Província que no contexto Ibérico representa a tradição, o verde da planura, mas também o calor.
Nasceu em Abril, no centro de Abril, e é por isso difícil, impetuoso e muito espontâneo.
Fez várias exposições individuais, quer em Lisboa, quer nas cidades que calcurreou como professor, profissão que ainda exerce.
Nunca teve audiência maior, pois sempre foi um individualista. Nunca aceitou exposições colectivas, mas já obteve alguns prémios. Algumas das suas obras desapareceram num fogo que consumiu uma Galeria do Estado e também, num outro que devastou a sua própria casa. Disso, só recorda o crepitar do lume, nada mais.
Mantém-se inconformista e irreverente face à política e às situações. Sempre foi um observador atento do mundo que o rodeia e um crítico do que se passa. Não aceita a hipocrisia, a mentira e a falta de Ética que caracteriza a sociedade em que vive.
Daí a constante ironia.