goswamis (2016) Disegno da Radharani

Esta obra em desenho retrata os 6 goswamis de vrndavana em lágrimas.
Este choro é um pranto transcendental. Estas lágrimas são de êxtase espiritual.
Porquê eles estão sentindo indescritíveis emoções e sensações espirituais eles choram.
Enquanto se banham no lago que é o lugar mais importante do universo, segundo a cultura védica, o Radha kunda.
Este é o lago onde o Deus Krsna e seu amor a Deusa Radhe realizam atividades amorosas.
Saboreando seu eterno romance transcendental.
Neste período eu desenhava debaixo de árvores, em diferentes praças no meu bairro em Porto Alegre.
Este desenho é um sobrevivente, sobreviveu as lágrimas que derramava enquanto desenhava.
Eu sentia uma profunda emoção ao desenhar esta série, muito embora o museu de artes do meu estado já tivesse registrado meu pioneirismo no Brasil, em construir obras em 3D e em realidade virtual a partir de 1997.
Eu também já havia me tornado um personagem da história.
A biblioteca nacional havia lançado um livro, que esta em alguns departamentos de história, incluindo o memorial do meu Estado , no qual faço parte de um capítulo, o lado de historiadores e ambientalistas.
Posteriormente, a assembléia legislativa de meu estado lançou a segunda edição.
A obra esta nos arquivos do memorial do RS também.
Estava tão pobre que com muito esforço comprei um caderno de desenho e um lápis.
Me inscrevi num plano de auxilio do governo, ao receber os primeiros trocados, comprei imediatamente.
Era hóspede de uma irmã. Em casa não era possível desenhar.
Então eu lembrava que eles estavam entre as pessoas mais ricas e importantes da terra
e abandonaram tudo para dedicar-se a esta vida de goswamis.
Ao movimento espiritual Nama-sankirtana.
Um deles Rupa tornou-se meu poeta preferido. Derrete minha alma com sua poesia.
No pior momento desta trajetória de artista desesperada, quando atingi aquele ponto onde não sabia pra onde ir.
O ponto onde muitos artistas desistiram da existência.
Por que nada parecia valer a pena.
Eu sentada em um banco de rodoviária, sem outro desejo senão o de ler sua poesia , peguei o livro.
Sempre amei a poesia. E as artes em geral. Desde criança.
Abri aleatoriamente o livro, como faço sempre, lí um poema, chorei controlando as lágrimas.
Aquele mundo me interessava.
Eu o desejava...
Nada mais.
O telefone tocou...
Pessoas da família me convidaram para passar uns tempos lá.
Moravam no meu bairro preferido.
Fui com muito esforço. Quase desistindo a cada passo.
Porém quando eu cantava. como Rupa Goswami e seus associados me ensinaram, eu me animava e seguia.

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