Márcio Santos

Comecei a pintar quando descobri que, na recém reinaugurada, escola de dança que havia na rua onde moro, existia o curso de pintura em tela. Nessa época eu estava a procura de alguma atividade para sair um pouco da rotina do trabalho e de casa. Eu queria fazer algo, mas não sabia o que.
Adorei aprender a pintar em tela. Combinou com o meu gosto e interesse por artes em geral.

A minha biografia acaba por aqui, pois eu sou muito novo para ter acumulado histórias e experiências. Mas espero no futuro poder ter uma biografia bem longa e interessante.

A minha filosofia parece contraditória com o tema, mas consiste em não pensar em nada. Nem no futuro, nem no passado e nem no presente, nem na musica que tango gosto, nem de como gostaria que fossem as coisas, sem tentar trazer o que passou para o presente.
Apenas observar o presente, o movimento, os sons, os odores.

E os resto funcionará bem melhor.

Não entendeu? Então não sei como explicar melhor. Só sei que faz bem.

Para os budistas isso é elevar a alma, para os cristãos é chegar no reino do céu, para Descartes é poder ler o livro universal, para Spinoza é fazer parte do corpo de Deus que é o Universo. Mas para mim tudo isso é uma coisa só com caminhos e explicações diferentes.

Para mim é poder ver o mundo por uma janela.
O meu caminho e a minha explicação é essa.

E tento ver isso nos quadros.