Rono Figueiredo
As Faces de Maria
por Rono Figueiredo
O artista plástico Rono Figueiredo expõe telas em acrílica, óleo e técnica mista no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana, no período de 20 de Junho a 15 de Julho.
Baiano de Salvador, cursando Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia, já participou de várias exposições coletivas na cidade e uma em Londres, juntamente com outros artistas baianos.
Na série As Faces de Maria, apresentada ao público de Salvador na Galeria Moacir Moreno no Theatro XVIII no Pelourinho em Março/2006, o artista usa tons terrosos e cores vibrantes para recriar imagens femininas estilizadas. Suas “Marias”, independente da etnia representada, são inspiradas em mulheres de tribos africanas, com pescoço alongado e olhar introspectivo. O traço simples, firme e longilíneo é uma característica marcante na obra de Rono que também sofre influências de grandes artistas como Modigliani, Frida Khalo , Romero Britto e Carybé.
Nessa nova mostra trazida para o Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana ele apresenta obras inéditas ainda com fortes influencias da cultura africana, porem com o uso de grafismos e elementos primitivistas tendo como referencia artistas como o americano Keith Haring e traços do francês Henri Matisse.
”Esta série tem bastante influencia da cultura africana, com seus simbolismos, crenças e costumes. Seria impossível ficar imune a uma cultura tão rica e tão presente em minha cidade. O resultado é fruto de pesquisa e vivência nesse lugar tão rico em manifestações culturais”, complementa o artista.
Em “As faces de Maria” Rono abusa das cores vibrantes que perecem querer explodir na tela ao serem contidas pelo forte contorno preto – característica marcante em sua obra. Seus desenhos são simples, mas bastante expressivos e nos remetem a personagens de histórias em quadrinhos. O artista investiga suas raízes, mas rompe as amarras através de uma linguagem singular. Não está preocupado com o “discurso” sobre arte conceitual e sim com a comunicação com o público através da expressão de sua poética. Utiliza os tons terrosos com muita propriedade e a técnica mista ao criar com cera, massa acrílica e papel seda, texturas inusitadas.
“Procuro retratar diferentes raças e etnias em situações do cotidiano valorizando formas e curvas. O nome “Maria” por ser muito comum no Brasil foi uma forma de criar uma identificação entre as mulheres e as personagens representadas na minha arte”, disse Rono Figueiredo sobre o motivo dessa homenagem.
Sua obra prima pelo uso consciente da cor e da forma livre. Com ressaltada dose de teor lúdico e espontaneidade, nos é apresentado de modo estilizado a mulher em suas diversas vertentes, etnias e cores. O artista se apropria de uma simbologia afro-baiana tirando partido desses emblemas.
Se para inovar o artista precisa ousar, o resultado disto pode ser sentido, as linhas pretas que contornam as figuras nos reportam ao e...
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Classificação do artista, Biografia, Estúdio do artista:
Rono Figueiredo Artwork • 3 obras
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Reconhecimento
Biografia
As Faces de Maria
por Rono Figueiredo
O artista plástico Rono Figueiredo expõe telas em acrílica, óleo e técnica mista no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana, no período de 20 de Junho a 15 de Julho.
Baiano de Salvador, cursando Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia, já participou de várias exposições coletivas na cidade e uma em Londres, juntamente com outros artistas baianos.
Na série As Faces de Maria, apresentada ao público de Salvador na Galeria Moacir Moreno no Theatro XVIII no Pelourinho em Março/2006, o artista usa tons terrosos e cores vibrantes para recriar imagens femininas estilizadas. Suas “Marias”, independente da etnia representada, são inspiradas em mulheres de tribos africanas, com pescoço alongado e olhar introspectivo. O traço simples, firme e longilíneo é uma característica marcante na obra de Rono que também sofre influências de grandes artistas como Modigliani, Frida Khalo , Romero Britto e Carybé.
Nessa nova mostra trazida para o Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana ele apresenta obras inéditas ainda com fortes influencias da cultura africana, porem com o uso de grafismos e elementos primitivistas tendo como referencia artistas como o americano Keith Haring e traços do francês Henri Matisse.
”Esta série tem bastante influencia da cultura africana, com seus simbolismos, crenças e costumes. Seria impossível ficar imune a uma cultura tão rica e tão presente em minha cidade. O resultado é fruto de pesquisa e vivência nesse lugar tão rico em manifestações culturais”, complementa o artista.
Em “As faces de Maria” Rono abusa das cores vibrantes que perecem querer explodir na tela ao serem contidas pelo forte contorno preto – característica marcante em sua obra. Seus desenhos são simples, mas bastante expressivos e nos remetem a personagens de histórias em quadrinhos. O artista investiga suas raízes, mas rompe as amarras através de uma linguagem singular. Não está preocupado com o “discurso” sobre arte conceitual e sim com a comunicação com o público através da expressão de sua poética. Utiliza os tons terrosos com muita propriedade e a técnica mista ao criar com cera, massa acrílica e papel seda, texturas inusitadas.
“Procuro retratar diferentes raças e etnias em situações do cotidiano valorizando formas e curvas. O nome “Maria” por ser muito comum no Brasil foi uma forma de criar uma identificação entre as mulheres e as personagens representadas na minha arte”, disse Rono Figueiredo sobre o motivo dessa homenagem.
Sua obra prima pelo uso consciente da cor e da forma livre. Com ressaltada dose de teor lúdico e espontaneidade, nos é apresentado de modo estilizado a mulher em suas diversas vertentes, etnias e cores. O artista se apropria de uma simbologia afro-baiana tirando partido desses emblemas.
Se para inovar o artista precisa ousar, o resultado disto pode ser sentido, as linhas pretas que contornam as figuras nos reportam ao e...
- Nacionalidade: BRASIL
- Data de nascimento : 1978
- Domínios artísticos:
- Grupos: Artistas Contemporâneos Brasileiros
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As Faces de Maria
por Rono Figueiredo
O artista plástico Rono Figueiredo expõe telas em acrílica, óleo e técnica mista no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana, no período de 20 de Junho a 15 de Julho.
Baiano de Salvador, cursando Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia, já participou de várias exposições coletivas na cidade e uma em Londres, juntamente com outros artistas baianos.
Na série As Faces de Maria, apresentada ao público de Salvador na Galeria Moacir Moreno no Theatro XVIII no Pelourinho em Março/2006, o artista usa tons terrosos e cores vibrantes para recriar imagens femininas estilizadas. Suas “Marias”, independente da etnia representada, são inspiradas em mulheres de tribos africanas, com pescoço alongado e olhar introspectivo. O traço simples, firme e longilíneo é uma característica marcante na obra de Rono que também sofre influências de grandes artistas como Modigliani, Frida Khalo , Romero Britto e Carybé.
Nessa nova mostra trazida para o Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana ele apresenta obras inéditas ainda com fortes influencias da cultura africana, porem com o uso de grafismos e elementos primitivistas tendo como referencia artistas como o americano Keith Haring e traços do francês Henri Matisse.
”Esta série tem bastante influencia da cultura africana, com seus simbolismos, crenças e costumes. Seria impossível ficar imune a uma cultura tão rica e tão presente em minha cidade. O resultado é fruto de pesquisa e vivência nesse lugar tão rico em manifestações culturais”, complementa o artista.
Em “As faces de Maria” Rono abusa das cores vibrantes que perecem querer explodir na tela ao serem contidas pelo forte contorno preto – característica marcante em sua obra. Seus desenhos são simples, mas bastante expressivos e nos remetem a personagens de histórias em quadrinhos. O artista investiga suas raízes, mas rompe as amarras através de uma linguagem singular. Não está preocupado com o “discurso” sobre arte conceitual e sim com a comunicação com o público através da expressão de sua poética. Utiliza os tons terrosos com muita propriedade e a técnica mista ao criar com cera, massa acrílica e papel seda, texturas inusitadas.
“Procuro retratar diferentes raças e etnias em situações do cotidiano valorizando formas e curvas. O nome “Maria” por ser muito comum no Brasil foi uma forma de criar uma identificação entre as mulheres e as personagens representadas na minha arte”, disse Rono Figueiredo sobre o motivo dessa homenagem.
Sua obra prima pelo uso consciente da cor e da forma livre. Com ressaltada dose de teor lúdico e espontaneidade, nos é apresentado de modo estilizado a mulher em suas diversas vertentes, etnias e cores. O artista se apropria de uma simbologia afro-baiana tirando partido desses emblemas.
Se para inovar o artista precisa ousar, o resultado disto pode ser sentido, as linhas pretas que contornam as figuras nos reportam ao expressionismo alemão, a cor ora ao Fauvismo francês, ora aos pintores primitivos chamados Naif, aqueles pintores que não tem comprometimento com saberes plásticos academicistas.
Suas cores brincam e nos fazem brincar na divertida disposição por elas adotadas.
Mulheres de olhos grandes, boca e narizes pequenos, remetem-nos ao mangá japonês, nem por isso cai na cópia de velhas fórmulas a tanto exploradas.
Rono Figueiredo deixa patente em sua obra possibilidades de caminhos plásticos, quando há uma diversidade estilística em seu trabalho, talvez duas faces suas, ou trajetória evolutivas trilhadas na busca de um ideal de plasticidade.
Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana
Rua Geminiano Costa, nº 255 Centro
Vernissage: 20 de Junho de 2006 às 20hs
Visitação de 21/06 a 15/07 de segunda à sexta das 8h às 17:30h
“Rono Figueiredo desponta no cenário baiano das artes plásticas como o mais novo expoente da arte Pop. Suas telas apresentam uma linguagem direta com o público. O magnetismo de seus desenhos e pinturas é imediatamente captado pelo olhar do espectador”.
Adelyne Lacerda, jornalista
“A arte de Rono Figueiredo é acima de tudo muito divertida, explora o Pop com propriedade, passeia pela psicodelia dos anos 70 com tranqüilidade, cita a brasilidade dos modernistas sem preconceito, o cromatismo de Romero Britto e Frida Khalo ou o traço afinado de Modigliani, e ao mesmo tempo tem identidade”.
Doris Miranda, jornalista em matéria para o Correio da Bahia
“Rono aderiu à temática do cotidiano nordestino e de sua cidade do Salvador e já desponta uma ‘escrita’ própria, tanto nas cores fortes e bem harmonizadas como no desenho”.
Sante Scaldaferri, artista plástico
“É uma explosão de cores, um contágio de alegria!!”
Diogo Lopes Filho, ator
A exposição que acontece no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana/Ba, foi aberta ao público com um vernissage, no dia 20 de Junho e fica em cartaz até o dia 15 de Julho de 2006
Para conhecer o trabalho do artista visite:
Artigo
Rono bebe de diversas fontes, como na do artista baiano Romero Brito,no Vanguardista Amadeo Modigliani (1884-1920), ou até quem sabe se diga de passagem do Maneirismo de Parmigianino com sua famosa obra Madona do pescoço comprido.
Se para inovar o artista precisa ousar, o resultado disto pode ser sentido, a linha preta que contorna as figuras nos reportam ao expressionismo alemão, a cor ora ao Fauvismo francês,ora aos pintores primitivos os chamados Naify, aqueles pintores que não tem comprometimento com saberes plásticos academicistas.
Suas cores brincam e nos fazem brincar na divertida disposição por elas adotadas.
Mulheres de olhos grandes,boca e narizes pequenos,remetem-nos ao mangá japonês,nem por isso cai na cópia de velhas fórmulas a tanto exploradas.
Rono Figueiredo deixa patente em sua obra possibilidades de caminhos plásticos,quando há uma diversidade estilística em seu trabalho,talvez duas faces suas,ou trajetória evolutivas trilhadas na busca de um ideal de plasticidade.
Não nos cabem impor-lhe regras canônicas dado hermetismo da arte contemporânea,baseado neste pressuposto o artista dá asas à imaginação,homenageando mulheres de reconhecido peso histórico,na perspectiva de Maria,a mãe de Cristo,uma outra Maria, desta Vez Maria Bonita que sofreu as auguras da vida ao Lado de Lampião,o Cangaceiro.
Em sua obra prevalece a técnica do acrílico sob tela,mesmo ocorrendo à presença da técnica mista em casos específicos, e seu método de pintura se dá com cores chapadas em grandes planos, ele abusa das cores primárias ,secundárias, terciárias, criando assim uma riqueza cromática,dada pela excelente variedade de matizes,quase uma ressonância musical.
Percebe-se um domínio linear,pictórico e espacial, tudo está em seu devido lugar.
Com uma visão de mundo muito particular ele retrata a mulher no signo da pureza e em seu estado natural de beleza, desde a figura indígena,a cangaceira Maria Bonita,da lojista do pelourinho, a excêntrica Kahlo, em seus diversos contextos contemporâneos.
Expos Solo (Listing)
Começou a pintar aos anos seis anos idade por influência do Tio, o Artista Plástico Jairo Figueiredo. Aos dezoito anos fez o primeiro curso de pintura na Escola Técnica Federal da Bahia. Em anos seguintes participou de diversos cursos livres tais como: Curso de desenho e pintura - ateliê Hector Valdez, Curso de pintura - ateliê Waldo Robatto e
Curso de cenografia – Teatro Castro Alves – TCA, com Zuarte Júnior.
Formação:
Inglês – UEC/ ACBEU (conclusão 1999) , Química - Escola Técnica Federal (conclusão 1995), Editoração e Webdesign - Real e Dados ( 2003)
Atualmente Rono cursa Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia –UFBA.
Principais atividades artísticas:
Mostra “As Faces de Maria” – II Noite Literária no Teatro Magalhães Netto a convite da Coordenação de Cultura de Camaçari em 2006
“As Faces de Maria” – Exposição individual do artista na Galeria Moacir Moreno no Theatro XVIII, no Pelourinho em 2006.
Brasil Open 2006 – Ambientação de Áreas VIP – Costa do Sauípe em 2006
“Projeto Arte Vida” - oficina de produções artísticas em Feira de Santana em 2005
“Utilizando os hemisférios cerebrais em Artes Visuais” – palestrante no 42nd ACBEU TEFL Seminar em 2003
“Coletiva galeria de arte Waldo Robatto” – Aeroporto Internacional de Salvador em 2003
“Oriental” – Exposição no espaço cultural do restaurante Saúde Brasil - Graça em 2003
“Flores em zoom” – Exposição no Foyer do teatro Jorge Amado – Pituba em 2003
“Utilizando os hemisférios cerebrais em Artes Visuais” – palestrante no 5th In SERVICE Seminar do UEC – em 2002
“Flores Fragmentadas” - Exposição no Foyer do teatro Módulo – Pituba. Em 2002
“Utilizando os hemisférios cerebrais em Artes Visuais” – ministrou oficina no IX EBEL - Departamento de Letras e Artes na UEFS – Feira de Santana em 2001
visite:
Arte no Brasil – Conceito tropical
Arte no Brasil – Conceito tropical
Adelyne Lacerda
Traçar um panorama sobre a arte brasileira hoje, impõem uma grande responsabilidade para quem o faz. Seria uma prepotência dizer quais os artistas que mais se destacam num cenário tão promissor, em uma das nações mais proficientes (competentes) em artes visuais.
Porém já é possível perceber que uma “mudança de conceitos” tem aberto as portas de museus, galeria, e principalmente lares, para o que se produz hoje no país.
O espectador e o crítico procuram enxergar através do olhar do artista e não mais somente o que está na tela (suporte).
Há pouco tempo o mercado cultural demonstrava uma grande estima pela “arte conceitual” e atualmente vemos que isso está ultrapassado. O artista brasileiro, em sua maioria, continua resgatando elementos vindos da vivência individual e coletiva porém de modo mais subjetivo, experimentando todas as possibilidades de linguagens estéticas. É moderno e criativo, sem se distanciar de sua memória afetiva e cultural. Constrói uma realidade buscando no passado as referências. Por isso, quase sempre, em uma obra de arte original e contemporânea, observa-se a presença de elementos regionais mas de uma forma bem mais implícita.
Arte no Brasil também é um exercício de resistência. Num país onde ainda se convive com desigualdades sociais, o consumo de cultura ainda é muito complicado. Mas isso está mudando aos poucos com o surgimento de uma instigante produção contemporânea e com a postura de uma nova geração de artistas que parece menos preocupada com a mídia, críticos de arte e opiniões técnicas. É claro que todos querem sobreviver do que produzem, mas o que se observa é um desejo maior pelo reconhecimento popular. Atingir, sensibilizar cada vez mais pessoas que entendam sua poética, sentimentos, linguagem... e que o consumo possa se tornar então, apenas uma conseqüência desse entendimento.
Com esse perfil encontramos uma nova safra de artistas do Nordeste do país, a exemplo de Romero Brito, Rono Figueiredo e Menelau Sete, sendo os dois últimos nascidos na Bahia - estado conhecido no mundo inteiro por suas riquezas naturais e culturais, pelo colorido tropical de suas praias e do carnaval de rua com sua autentica musicalidade. Pois nas artes plásticas os baianos seguem a tendência dessas vibrações, cada um com suas referências particulares, porém com linguagem própria. Nesse cenário podemos destacar o jovem artista plástico, Rono Figueiredo que assim como Menelau e Romero - já conhecidos em Nova York- começa a conquistar os americanos através do magnetismo de sua arte. Rono surge com todos os elementos que se encaixam no atual panorama e se destaca pela originalidade do traço limpo, linear, firme e cheio de personalidade. Tem o que se pode chamar de “identidade” inconfundível. É como ver um quadro de Pablo Picasso sem assinatura e dizer: é um Picasso!
A arte de Rono é divertida, alegre e ao mesmo tempo introspectiva. O mistério está sempre presente no olhar de suas mulheres estilizadas. Seja na série “África” ou na “As faces de Maria” – título de sua primeira exposição individual em cartaz na galeria do Theatro XIII, o espaço cultural mais “cult” da capital baiana , a cidade de Salvador.
Em “As faces de Maria” Rono abusa das cores vibrantes que perecem querer explodir na tela ao serem contidas pelo forte contorno preto – característica principal de sua obra. Seus desenhos são simples mas bastante expressivos e nos remetem a personagens de histórias em quadrinhos.
Nessa série o artista homenageia mulheres do cotidiano da cidade e personagens da sua cultura. Em Abaeté – tela exposta na galeria N° 22, em Londres - Rono recria uma típica lavadeira da lagoa do Abaeté, um dos pontos turísticos mais visitados no mundo.
“Procuro retratar diferentes raças e etnias em situações do cotidiano valorizando formas e curvas. O nome “Maria” por ser muito comum no Brasil foi uma forma de criar uma identificação entre as mulheres e as personagens representadas na minha arte”, disse Rono Figueiredo sobre o motivo dessa homenagem.
Já na série “África”, o artista investiga suas raízes mas rompe as amarras através de uma linguagem singular. Não está preocupado com o “discurso” sobre arte conceitual e sim com a comunicação com o público através da expressão de sua poética. E nisso ele é fantástico. Utiliza os tons terrosos com muita propriedade e a técnica mista ao criar com cera, acrílica e papel seda, texturas inusitadas.
”Esta série tem bastante influencia da cultura africana, com seus simbolismos, crenças e costumes. Seria impossível ficar imune a uma cultura tão rica e tão presente em minha cidade. O resultado é fruto de pesquisa e vivência nesse lugar tão rico em manifestações culturais”, complementa o artista.
Rono tem estilo próprio mas é claro que sua obra também sofre influências de outros artistas como o cromatismo de Frida Khalo e o desenho de Modigliani. Mas são pequenas referências em sua memória perceptiva. A personalidade desse artista já é tão forte que não deixa dúvidas ao bom observador que tivesse que arriscar identificar uma pintura dele sem assinatura. “sim, esse é um Rono Figueiredo”, diria sem pestanejar.
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