Qual é a sua formação artística, as técnicas e os assuntos que você experimentou até agora?
A minha carreira artística começou com a formação como Designer na Escola de Belas Artes de Saint-Etienne (42) e com a especialização na criação de joalharia contemporânea nos Ateliers de Fontblanche em Nîmes (30).
Ao final deste curso, abri em Montpellier (34), uma galeria de arte especializada em joalheria contemporânea. Um local dedicado ao fabrico e exposição do trabalho de designers internacionais.
Há alguns anos venho explorando a fotografia e principalmente o tema da Natureza-Morta. Abordo este tema clássico da história da arte com uma visão contemporânea, em particular purificando ao máximo as composições e usando uma gama limitada de cores que tende ao monocromático. Nas minhas fotografias, elementos naturais, flores ou frutos, convivem com objetos do quotidiano, mas também com formas geométricas.
Quais são os aspectos que o diferenciam de outros artistas, tornando seu trabalho único?
Meu trabalho encontra ressonância nas artes asiáticas e em particular na cultura japonesa e na arte de viver. Interessa-me particularmente a assimetria, o aspecto efémero das coisas, o gosto pelo detalhe e a beleza cativante que emerge das cenas mergulhadas na sombra. Um claro-escuro em que a imaginação e os sonhos podem florescer.
Qual é a sua abordagem artística? Que visões, sensações ou sentimentos você quer evocar no espectador?
Procuro trazer ao espectador uma sensação de calma, serenidade, uma forma de meditação.
Como é o processo de criação de suas obras? Espontânea ou com um longo processo preparatório (técnico, inspiração de clássicos da arte ou outros)?
Meu processo criativo começa com a coleta e transformação de objetos existentes e a fabricação de elementos geométricos. Tenho à minha disposição uma série de objetos dos quais vou desenhar para criar meus cenários, encontrar uma iluminação que os destaque e depois fotografá-los.
Seu trabalho o leva a viajar para conhecer novos colecionadores, para feiras ou exposições? Se sim, o que isso te traz?
Participo em exposições em diferentes espaços culturais, galerias ou feiras especializadas que me permitem um contacto e trocas emocionantes com o público.
Você pode nos contar sobre sua experiência de exposição mais importante?
A exposição que continua importante para mim e que levou a propostas para pendurar posteriormente é a Printemps de la Photographie em Romorantin (41).
Qual artista mais te inspirou?
Se eu tivesse que citar um artista que alimentou minha reflexão, seria o escultor Toni Cragg e mais particularmente o uso e desvio que ele fez de objetos do cotidiano para elevá-los à categoria de esculturas.