O Museu de Arte Antiga e Nova da Tasmânia (Mona), em Hobart, está mais uma vez sob os holofotes, desta vez para exibir obras de arte forjadas atribuídas a Pablo Picasso. No início deste ano, o museu enfrentou reações adversas devido à sua instalação “Ladies Lounge”, que excluía pessoas que não se identificavam como mulheres. A última controvérsia revela que várias pinturas apresentadas como Picasso eram, na realidade, falsas.
A obra de arte forjada foi criada pela artista e curadora Kirsha Kaechele, que também é esposa do proprietário de Mona, David Walsh. O engano foi descoberto quando a administração Picasso e o Guardian Australia levantaram suspeitas, levando a uma confissão do museu. Kaechele, que organizou o “Ladies Lounge”, defendeu a instalação exclusiva destinada ao público feminino como um comentário sobre as exclusões históricas de gênero. No entanto, um tribunal considerou isso discriminatório, levando os falsos Picassos a serem transferidos para um banheiro feminino.
Além dos Picassos falsificados, Kaechele admitiu que outros itens no Ladies Lounge, como lanças "antigas" e um tapete que se acredita ter pertencido à Rainha Maria da Dinamarca, não eram autênticos. Ela explicou num post no blog que as falsificações tinham como objetivo aumentar a opulência da instalação, criando um ambiente no qual os homens se sentiriam excluídos. Kaechele lamentou este engano, pedindo desculpas à administração Picasso pelos problemas causados.