Num ousado desafio jurídico, a antiga responsável financeira do Museu de Artes e Design de Nova Iorque, Denise Lewis, catapultou a instituição para o centro das atenções com acusações de irresponsabilidade financeira de alto nível. Na semana passada, Lewis revelou um processo contra o prestigioso museu, alegando que ela foi destituída de seu cargo por denunciar práticas financeiras questionáveis por parte do diretor do museu.
Documentos judiciais, apresentados na Suprema Corte do Condado de Nova York, relatam o confronto de Lewis com executivos do museu sobre supostas despesas pessoais de Tim Rodgers, o atual diretor. Lewis afirma que Rodgers canalizou indevidamente fundos do museu para sustentar seu estilo de vida, citando despesas relacionadas a uma segunda casa em Connecticut e férias luxuosas no México com seu parceiro.
A narrativa muda quando Lewis contesta uma cobrança específica de US$ 600 por um tapete para o retiro de Rodgers em Connecticut. Isto levou a uma intervenção de Michael Cohen, presidente do conselho, que desaconselhou o respeito destas reivindicações duvidosas. Apesar disso, a saga culminou com a saída de Lewis do museu em janeiro, em circunstâncias controversas. Aparentemente sob pressão de Rodgers por seu aparente descontentamento, Lewis foi dispensado, apesar de se recusar a renunciar voluntariamente, marcando o fim de seu mandato desde 2017.
Museu de Artes e Design (MAD), crédito: ajay_suresh via Wikipedia
As consequências desta disputa vão além das queixas pessoais e também afetam as repercussões profissionais para Lewis, que diz que a sua saída foi prejudicada pela falha do museu em fornecer documentos essenciais para manter a sua acreditação CPA.
O museu enfrenta graves acusações de Lewis, que acusa a instituição de agir com grave negligência e indiferença. Porém, perante estas acusações, o museu proclama a sua inocência, preparando-se para um confronto jurídico para limpar o seu nome.
A controvérsia também lança uma sombra sobre a estabilidade da liderança do museu, destacada pelas rápidas mudanças de liderança que alguns dizem ter corroído o moral e a confiança dos funcionários. O mandato de Rodgers, que começou em 2021, foi visto como um ponto de viragem com o objetivo de consertar barreiras dentro da organização. No entanto, as alegações de Lewis sugerem uma discórdia interna contínua, realçada pelas recentes queixas dos funcionários sobre prémios de bónus e problemas de comunicação, pintando o quadro de uma instituição sitiada numa encruzilhada.