Velhinha mas não morta (2019) Desenho por Helena Nogueira

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" Velhinha mas não morta" Meu nome original é "Quercus suber"" mas é por " sobreiro" que sou conhecida habitualmente. A minha existência data de há milhares de anos e cresço com mais abundância no sul da Europa e Norte de África.A matéria-prima que produzo " a cortiça" foi encontrada pela[...]
" Velhinha mas não morta"

Meu nome original é "Quercus suber"" mas é por " sobreiro" que sou conhecida habitualmente. A minha existência data de há milhares de anos e cresço com mais abundância no sul da Europa e Norte de África.A matéria-prima que produzo " a cortiça" foi encontrada pela primeira vez pelos humanos nos túmulos do antigo Egipto. Os gregos e romanos já usavam a cortiça no fabrico de redes de pesca, sandálias, rolhas , pequenos dispositivos de flutuação individuais para os pescadores. Já nessa época os aldeões usavam a minha cortiça na construção de habitações, por eu ser um bom isolante do calor e do frio.
Em estado adulto chego atingir mais de 25 m de altura e vivo cerca de 150 anos.
Mas só perto dos 20 anos , e após essa idade em períodos de 9 em 9 anos os humanos podem retirar-me a cortiça.
Também sou útil a humanidade e aos animais com o fruto " bolota". Começo a florir entre Abril e Junho e no Outono, estou pronta para ser colhida. Chego a cair na cabeça dos trabalhadores campestres, que se deliciam com a minha sombra em dias escaldantes de verão. Farto-me de rir quando os vejo acordar sobressaltados sem saber o que lhes aconteceu.
Em 1688 Pierre Perignom inventou o champanhe, e usou a minha cortiça para fazer as rolhas das garrafas. E sabem porquê? Porque não encontrou outro material capaz de ser tão vedante e livre de impurezas. Até na prevenção de fogos eu tenho a capacidade de superar a funcionalidade de outras árvores.
Nunca os eucaliptos serão tão capazes de proteger a terra e a humanidade como eu.
Sei que muitas vezes a minha longevidade me acarreta responsabilidades grandes e às vezes até pareço que vergo com o peso delas. A minha vida fica difícil e a de quem comigo trabalha. Mas, quando penso, no que já fiz, e no que ainda sou capaz de fazer, para acordar alguma mente adormecida, que nada faz na defesa do ambiente e da sua própria sobrevivência. Então sim ! Ergo-me de novo cheia de energia para mostrar que posso envelhecer, mas morrer nunca . E porquê? Porque desejo que a humanidade siga meus passos e se proteja a ela própria com a mesma generosidade, resistência e sentido de partilha.

helena nogueira
2019
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Helena Nogueira, nasceu em 1954 Alagoa - Alto Alentejo - Portugal, e desde criança que gosta de desenhar. Por não ter possibilidades de frequentar a Escola Superior de Belas Artes, frequentou a escola de[...]

Helena Nogueira, nasceu em 1954 Alagoa - Alto Alentejo - Portugal, e desde criança que gosta de desenhar. Por não ter possibilidades de frequentar a Escola Superior de Belas Artes, frequentou a escola de pintura do professor Rui Dias em Coruche e fez dois cursos intensivos de arte contemporânea no CAMJAP - Gulbenkian dirigidos por Hilda Frias. Helena Nogueira assume-se como autodidacta. A convite de algumas entidades oficiais tem desenvolvido alguns workshops de desenho e pintura. Dedicou grande parte da sua vida a promover no concelho de Coruche a arte de outros artistas e no Café Tadeia foi responsável pela I Exposição Colectiva Internacional apresentando colecção particular de Francisco Simões com obras de Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Artur Bual, Malangata, Melopo e outros. Só a partir dos anos 90 helena nogueira participa com os seus trabalhos em exposições coletivas :Palácio D.Manuel-Evora, Ordem dos Medicos- Lisboa, Junta Freguesia - Estoril, Campus Justiça - Lisboa, Galeria Municipal de Coruche, Museu da Fotografia -Elvas, Galeria de exposições temporárias - Museu Tapeçarias Portalegre. Exposição individual -Romer-Berna. Suíça, Exposiçao Colectiva - Viking Moderna - Berna. Suíça, e outras...

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