Jose Carlos Sarmento

digo como senti a obra de Sarmento
ao vê-la, ao observá-la primeiramente o impacto do todo, quando abri a imagem, imaginei uma monocromia em vermelhos,
do vermelho puro até aos terracotas... mas logo veio a minha mente uma de suas palavras `indagações`... Na Arte e na Vida
Como só vermelho?
Entre as linhas que iludem meus olhares - ora vertical, ora horizontal, ora diagonal, ora paralelas, ora perpendiculares, ora
cruzam, sobrepõem, justapõem derrepente uma ruptura! Agora não vejo vermelho, vejo amarelo, quando descanso o olhar e
envolvo nos pensamentos mil que cada parte me faz imaginar uma história, um momento, uma palavra... Para! O amarelo some
e tranforma em laranja e laranja em Ocre, a linha cria formas triangulares formando verdes e pretos, aí está... original - o contraste -
que é muito característico em sua obra - encanta - dos quadrados aos triângulos, trapésios -Geometria - as múltiplas direções fascina -
isso faz uma obra sorrir...
Você busca uma viajem - Você tem um vasto conhecimento - Analogicamente - começou pelas cores predominantes da Arte
Rupestre - passou pelas formas repetidas, como o Egito Antigo e símbolos Orientais, passou pelos vitrais e mosaicos que
existiram e existem da Arte Antiga, Idade Média, vários outros movimentos Modernos e contemporâneos até chegar numa Arte
tão atual - que parece digitalizada! Já pensou em transformá-la em pastilha, cerâmica, faixa decorativa, tapetes e outros.
Aqui no Brasil está em moda - Exterior e Interior - Arte Abstrata - Acabo de observar que usou tons de cinza para finalizar
as bordas do quadro - fazendo o espectador voltar a olhar ao centro do quadro - retorno do olhar -em todos os seus quadros abstratos
você, mantém esta pecularidade muito sábia.

Judite Telho 2011

Uma criação maravilhosa! Amei está de parabéns um excelente trabalho - você está numa fase 'madura' na sua Arte - na questão de Estilo Próprio, originalidade, criatividade, autenticidade, em qualquer lugar do mundo todos reconhecem padrões “a la José Carlos Sarmento...”
Posso dizer-te que as cores muito me agradam vão dos terrracotas aos vermelhos criando uma analogia monocromática harmoniosa e melódica, apesar do quadro ser totalmente abstrato ( apresenta ora geométrico, mas a sobreposição do fundo nos induz ao lírico) - é o mover da música, acredito que desta vez, foram muitas audições de variados repertórios, por isso percebo o contraste a grande gama de amarelos, dourados e os pequenos ambientes de verdes - amo o verde - cor secundária - fria em contraste com o magenta equilíbra, enleva e nos dá a sensação de perfeição harmônica, como numa orquestra criando uma Policromia ou Polifonia só ouvidos, visão e intelecto sensíveis as modalidades de Arte Música e Pintura conseguem fazer esta ponte tão feliz - como Kandinski - Klee e outros artistas que influenciados pela Música realizaram obras geniais.

Das Rheingold - Que linda obra - foste ainda mais ousado- sempre amando Wagner e toda as fantásticas interpretações do romantismo
deste que nos deixou um legado sobrenatural - trabalhou todo o fundo com sensibilidade e baseado no Yves Klein -Azul celeste ao Azul IKB ao preto - se eu pudesse parar o olhar via só o fundo - uma monocromia em azul que leva uma calma, suavidade profunda apesar das linhas que cruzam e interrompem, formando quadrados e retângulos - uma característica que observo sempre, que enriquece o seu trabalho e deixo-o marcado na nossa memória visual - Rudolf Arnheim - Arte e Percepção Visual - "Não se percebe nenhum objeto como único ou isolado. Ver algo implica em determinar-lhe um lugar no todo: uma localização no espaço, uma posição na escala de tamanho, claridade ou distância." Olho, observo, leio, releio, persisto em ver partes, mas como num passo de mágia vem a tríade - o ápice - como na ópera - que o inspira - quando tudo parece ser um equilíbrio lírico vem o drama, o geométrico, o contraste, o contraponto, de um azul sublime o amarelo ouro que luta para invadir o azul e ao mesmo tempo o complementa deixando-o dominar o fundo e saltando ao olhar quando você com sua "clarividência" de artista coloca uns quadros vermelhos co entorno preto e como se escapasse do amarelo uns retângulos também vermelhos para fantasiar o olhar que ora vê em profundidade ou ora vê em relevo.
Judite Telho

House of the Arts, College of Medecine of the Oporto, 2006

Sou português, Médico de profissão e amador/apaixonado das Artes Visuais - Pintura, Fotografia, Escultura.

Art is life. Art is my Life.

College of Medicine of the Porto, 1970
College of Medicine of the Porto, 1971
National Hall of the New Artists, Foundation Cupertino de Miranda, Vila Nova de Famalicão, 1972
Theater of Paredes, in the ambit of IV the National Meeting of Gastrenterologia, Paredes, 1984
Collegiums of Physicians, Porto, 1986
Termas de S. Vicente, in the ambit of VI the Annual Meeting of Gastrenterologia. 1986
House of the Culture, Paredes, 2000
Unesco Gallery , Porto, 2005
House of the Arts, College of Medecine of the Oporto, 2005