Waldomiro Sant´Anna
Nascido em Itápolis, interior de São Paulo, Waldomiro de Freitas Sant’Anna passou toda a sua infância e adolescência em Santa Rita do Passa Quatro, SP, saindo de lá em 1971 para cursar a Faculdade de Belas Artes de São Paulo atendendo a sua vocação nata, com 19 anos fez a primeira exposição individual no XI Festival Zequinha de Abreu, em Santa Rita, dando início a uma carreira muito produtiva. Fez vários cursos teóricos e práticos, frequentou atelier de pintores, lecionou artes. Deixou a Universidade Estadual de Londrina-PR para trabalhar na Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, demitindo-se no início da década de oitenta para não mais dividir seu tempo entre o atelier e outra atividade, passando a dedicar-se ainda mais a sua pintura. Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil, EEUU, China, Itália, Portugal e França. Possui obras em acervos particulares e galerias de vários países.
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Biographie
Nascido em Itápolis, interior de São Paulo, Waldomiro de Freitas Sant’Anna passou toda a sua infância e adolescência em Santa Rita do Passa Quatro, SP, saindo de lá em 1971 para cursar a Faculdade de Belas Artes de São Paulo atendendo a sua vocação nata, com 19 anos fez a primeira exposição individual no XI Festival Zequinha de Abreu, em Santa Rita, dando início a uma carreira muito produtiva. Fez vários cursos teóricos e práticos, frequentou atelier de pintores, lecionou artes. Deixou a Universidade Estadual de Londrina-PR para trabalhar na Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, demitindo-se no início da década de oitenta para não mais dividir seu tempo entre o atelier e outra atividade, passando a dedicar-se ainda mais a sua pintura. Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil, EEUU, China, Itália, Portugal e França. Possui obras em acervos particulares e galerias de vários países.
- Nationalité: BRÉSIL
- Date de naissance : 1953
- Domaines artistiques:
- Groupes: Artistes Contemporains Brésiliens
Influences
Formation
Cote de l'artiste certifiée
Accomplissements
Activité sur Artmajeur
Dernières Nouvelles
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Oscar D\'Ambrósio / 2005 crítico de arte
Há artistas que podem ter sua criação em parte decifrada pela visão atenta de uma tela. É o caso de Waldomiro Sant’Anna, pois cada imagem criada é um exercício lírico com uma poética em que predomina a delicadeza a visão da vida com uma mescla intrigante entre credulidade e desilusão. Paisagens urbanas de um domingo à tarde no interior paulista, com pessoas andando de bicicleta e casais namorando junto a janelas são o retrato harmonioso de uma vida que passa sem deixar cicatrizes, mas, também, sem gerar grandes emoções, numa temperatura amena e modorrenta. Essa habilidade do artista, nascido em Itápolis, interior de São Paulo, em 1952, de mesclar a ansiedade do ser metropolitano à característica observadora do habitante do interior se faz muito presente nas cenas da capital paulista em que pessoas observam paisagens geométricas de casas e edifícios. O ludismo de brincadeiras infantis é muito presente, e as imagens das crianças surgem em movimentos contidos, nos quais as formas de jovens integram-se ao ambiente retratado, convidando o observador a considerar quem brinca e o universo circundante como um só material pictórico. A mesma habilidade é evidenciada quando o tema é a leitura. Jovens ou casais lendo são retratados como totalmente embebidos naquilo que estão fazendo e, principalmente, como elementos co-participantes dos cenários em que estão. Leitor, livro e ato da leitura fundem-se harmoniosamente, de modo que personagem criado e criador começam a se mesclar. Sant’Anna obtém esse tipo de efeito em seus quadros sobre música, seja quando mostra pífaros, violões, bandas do interior, flautistas ou jovens fazendo serenatas para amadas. As cores das telas funcionam com a harmonia de uma partitura musical. É possível ouvir a palheta utilizada pelo artista paulista, radicado em Ribeirão Preto, SP. Cores terrosas, com uma gradação muito pessoal, adaptam-se às mais variadas situações. Mesmo quando as cores quentes entram no quadro, são aplicadas com parcimônia. Refletem aspectos da vida tratados com a mesma singeleza que um poeta dedica a sua musa. A poesia de um casal se beijando junto a um poste numa pequena cidade define bem a forma de pintar de Waldomiro Sant’Anna. Seus músicos e cores não gritam, mas sussurram com delicadeza como véus a se espalharem pelas salas de exposições. Seu poder de encantamento está no reino das sugestões, onde cada pequeno detalhe e nuance de cor é um convite a uma observação sutil e participante, plena de um sentido adquirido aos poucos, sem pressa, como um longo beijo embaixo do farol semi-apagado de uma praça centenária, plena de líricas histórias e esmaecidas recordações.
Ênio Squeff / 2003 - artista plástico / crítico de arte
“Há quem veja na pintura de Waldomiro Sant’Anna, o Mirinho, uma “ingenuidade” que a aparência de sua temática induz. De fato, as praças silenciosas, os casais anônimos, as cidadezinhas umbrosas, à primeira vista são elementos indispensáveis aos “naifs”. É, porém, um equívoco. Se há algo que sobressai na pintura de Waldomiro Sant’Anna, é um entranhado trabalho de pintura, uma pintura em que não existe o alarde espetaculoso do fácil. E do concessivo. Esse á marca definidora de Waldomiro Sant’Anna: se a temática é reminiscente de suas vivências, a forma arquetípica das mulheres, as velaturas, a pincelada sempre ciosa da sobriedade, aparentemente jamais são transgressoras. Fala-se aqui do fácil, e seria, quem sabe, justificável que Waldomiro Sant’Anna se permitisse algumas rupturas. Os personagens, símbolo que povoam sua pintura, as mocinhas de vestidos curtos, a esquina entre o chapado do sol e o sombreado do bico de luz – ou o bar escondido nessas cidadezinhas de nossa infância – sobreviriam em agradáveis mentiras. Não é o caso, e porque não é o caso do Mirinho. Permito-me a uma ilação: Waldomiro Sant\'Anna é um pintor de silêncios – de contenção - por isso, também se trata de um artista que se encaixa na idéia da pintura tradicional. É o que certa crítica bulhenta por contemporaneidades de estardalhaços não entende. Claro, alude-se aqui à tradição – mas não de conservadorismo; trata-se antes de lirismo até onde isso busque o ambiente saudoso de um tempo que não é passado, mas que é presença. E fala-se, enfim, de contemporaneidade. Nada mais contemporâneo do que esta busca incessante, obsedante, na verdade, pela doce melancolia de um tempo perdido. . Evidentemente, sobram questões: quem disse que a angústia da pós-modernidade (se isso existe) só se faz na negação da arte e não na teimosia da procura da poética, da ternura, sem falsos pundonores modernosos? . Por isso, também, a insistência de Waldomiro sobre a pintura como uma arte que tem suas raízes na história, numa certa tradição. Na obra de Waldomiro Sant’Anna, a fidelidade ao pictórico se faz na busca do singelo, não do simples, nem do esquemático, e muito menos do corriqueiro. Para se ver uma pintura do Mirinho, há que se despir dos preconceitos dos que se esgotam na consideração especiosa dos formulários; e há que se olhar para a singularidade de um mestre que, entretanto, a todo o momento se policia para não ser virtuosístico. E isso justamente a despeito do que lhe é inegável - que é a sua maestria.” .
Hélio Carneiro - Revista Manchete/ 1993 - jornalista
“Busca no cotidiano os personagens que o enternecem e que compõem, em suas telas, instantâneos de forte intensidade dramática. Ora são crianças a brincar, descalças, nas ruas do interior, de soltar pipa, pular amarelinha ou jogar pião. Ora são mulheres recostadas a casas de configuração cubista, quase imperceptíveis, afrodites tarifadas à espera do amor sem ilusões. Ou, ainda cenas de interior de bares para onde converge um microcosmo de humanidade perdida entre alegrias e desilusões. Nesses instantâneos metamorfoseados e recriados a luz de doce nostalgia, Waldomiro resgata imagens perdidas, eterniza evocações, comportamentos e tipos de nossa terra, como o violeiro habitado pelo intemporal menestrel. O voyeurismo discreto de Sant´Anna se torna ainda mais acentuado por sua técnica de trabalho. Como para defender seus retratados de uma invasão brutal de suas intimidades, Waldomiro atenua formas, expressões e intensidade cromáticas através da velatura. Assim que a tela está pronta, o artista começa a recriá-la. Após sete a oito demãos de pigmentos, que velam o tema trabalhado, Sant`Anna começa a fase de exploração e de revelação do mundo que deseja proteger. A lixa inicia um delicado trabalho de desbaste, que torna a superfície extremamente uniforme, mas texturiza o desenho, suaviza os contornos, esmaece os volumes, liberta os personagens e gera climas irreais. Esse trabalho é particularmente notável nas naturezas mortas, outra paixão de Waldomiro, em que a técnica da velatura confere, à tela, excepcional poder de sedução. No sutil tratamento das cenas, no desenho precioso, na recuperação de tempos perdidos, Waldomiro cria uma obra personalíssima e envolvente.” .
Bassano Vaccarini / 1987 - artista plástico
“O século XX se caracteriza, nas artes plásticas, pela incessante procura do novo, do inesperado, de atitudes vanguardistas. O desaparecimento de Picasso deixou um vácuo abissal. O modernismo entrou em crise. O pós-modernismo é uma tentativa fajuta de apropriação indevida de espaço deixados com o desaparecimento de um gigante como Picasso. Waldomiro Sant`Anna, como outros artistas, surge como um personagem em busca de autenticidade, não acredita em pós-modernismo por seriedade profissional e convicção, acha que a arte não vive e se desenvolve com atitude de um logicismo duvidoso e ambíguo, ele procura, na análise subjetiva, os alicerces primordiais de sua personalidade e das coordenadas criativas subseqüentes que o estimulam a operar gestos e formas, produzindo um trabalho à base de ternura e sensibilidade. Em estado que poderíamos chamar de graça, ele descobre no corpo feminino e seu universo anímico e o calor do corpo humano. Artista autêntico e criativo sempre em busca de novos caminhos.” .
João Batista Berardo / 1987 - escritor
“Waldomiro Sant´Anna é uma das certezas de que a cultura nacional não irá sucumbir. E os seus trabalhos levam no fundo imaginação e inspiração de temática social. Por muitos anos, pintou figuras humanas com características dos rostos triangulares e tristes num significado de que elas não estavam felizes ou satisfeitas com as suas vidas mal definidas e mal traçadas sem perceptivas. Estas figuras estão sempre olhando, atônitas, o mundo em que vivem atrás e através de portas e janelas, como que prisioneiras de ordem social injusta e decadente. Se o sensível artista as analisa deste modo e deste jeito, é porque elas estão clamando por uma reversão, por um futuro diferente e melhor.” .
Linda Bullik / 1981 - Profa. Dra. em Semiologia
“Como todo artista que atingiu singularidade técnica e expressiva, não é fácil rotular ou enquadrar Waldomiro Sant`Anna nesta ou naquela corrente estética. Pode-se, no limite, ousar dizer que ele absorve e, ao mesmo tempo, supera o figurativo...”
Ednan / 1976 - crítico de arte (Ednan Mariano Leme da Costa)
“Waldomiro é um jovem pintor, mas de arte com amadurecidas intenções comunicadas com ternura pela dissolução das tintas fortes. Tem contrastes, que suavizam e dão abertura poética a uma temática sofrida. Essa comunicação de contrapontos deriva, talvez, do ambiente de sua terra, berço de Zequinha de Abreu. As influências líricas do compositor são sempre redivivas, consciente ou inconsciente nos santarritenses. Isso deve explicar as forças combinadas com a ternura, que dão categoria e originalidade ao Waldomiro.”
Eunibaldo Tinoco / 1975 - crítico de arte
“Waldomiro Sant´Anna é um artista que traz consigo uma personalidade própria, uma característica pessoal que o levará a uma linguagem singular. Se não consegue, ainda, um resultado plenamente satisfatório em que algumas composições, soluções , pesquisas de texturas e homogeneidade matérica estão por serem resolvidas, já tem a seu favor a coragem de assumir sua procura, sua expressão, sua arte que não é imitativa.”
Pedro Manuel / 1975 - crítico de arte
“A pintura de Waldomiro Sant´Anna é um sopro leve de ar puro que chega da longínqua paisagem do sonho, da vida, da lembrança. Seus confins são lábeis e elásticos, mais do que a consciência de um político. Envolvem e se afastam de acordo com o variar das preponderâncias, mas não renunciam completamente nem ao sonho, nem à vida, nem à lembrança. Numa época em que a denúncia dos crimes longínquos virou cômoda desculpa para as omissões com o próxima, em lugar da crítica, opta pela a narração dos episódios emocionais circunstantes relevados pela memória e transformados pelo sonho. Constata a vida, captada em uma visão subjetiva e intimamente relacionada à sua experiência. A censura substituiu a contemplação condoída imersa em uma mar de lírica e delicadas variações.”