Adicionado dia 11 de mar. de 2010
Auto definição do artista:
Artísta plástico sem formação acadêmica, aprendi a pintar olhando o que já estava pronto. Não sei definir minha pintura, isso deixo para os especialistas. Meu trabalho tem a intenção de chocar, incomodar, tem a intenção de ser a goteira pingando insistentemente sobre o cobertor, forçando uma reação. Meu trabalho insiste em mostrar aquilo que não é belo, que está estampado na face dura dos dias, gritando aos cegos, acenando aos surdos, esbofeteando as faces... um cuspe na cara.
Breve história:
Nasce, no ano de mil e novecentos e setenta e dois, aos nove dias do mês de outubro, na cidade de Salvador-BA, o Artista Plástico, Bernardes Paixão. De natureza observadora, demonstra um crescente interesse por artes visuais como forma de expressão, e aos oito anos de idade, morando em Niteroi-RJ, tem aulas de desenho com Andrea Buccini, artista italiano sem expressão, de quem seu pai se tornára amigo na vida boêmia local. No ano de mil e novecentos e oitenta e dois, em Luziânia, conhece DJ. Oliveira, de quem se torna amigo e recebe grandes lições. Os anos de mil e novecentos e oitenta e quatro a mil e novecentos e oitenta e seis, marcariam drasticamente sua maneira de olhar para o mundo e para as pessoas à sua volta. Envolvido em constantes conflitos nas ruas e na escola, decide ir morar com o pai, em um prostíbulo de nome Central Lanches, na Avenida Sandu Sul, em Taguatinga-DF, onde desenvolve um olhar preocupado (e preocupante) sobre a condição humana e suas misérias, fato que mudaria definitivamente sua atitude como artista, no sentido de captar e transmitir os sentimentos do que retratava. Já no ano de mil e novecentos e oitenta e sete, muda-se para Belo Horizonte, passa a frequentar círculos de artistas urbanos, e começa a dar forma à sua carga de vida, com traços rápidos e violentos, mesclando o figurativismo às pixações das velhas paredes e muros da cidade. Em mil e novecentos e noventa e dois, de volta a Luziânia, passa a sobreviver de pequenos trabalhos, em sua maioria retratos sob encomenda. Em mil e novecentos e noventa e oito, conhece Erica Ziviani, então estudante de Artes Plásticas, que se impressiona com seu trabalho e decide expô-lo em um evento privado, em Verona-Itália. A exposição é um sucesso mas as relações entre Erica e o artista se complicam a ponto de romperem definitivamente. Em dois mil e dois, ainda em Luziânia, conhece o atelier de Fernando Nunes (o Mexicano) brilhante artista em crise, de quem se torna grande amigo e admirador, e passa a frequentar assiduamente. Passam inúmeras horas em companhia um do outro, repletas de inestimáveis lições de pintura e escultura, e de vida também. Em dois mil e seis conhece Ornela, professora de Belas Artes em Napoli-Itália, e recebe convite para residir em uma universidade, trabalhando como seu assistente, onde teria a oportunidade de se aprofundar academicamente nas artes visuais. Problemas com sua documentação o impedem de embarcar. Sob encomenda, envia dez de seus trabalhos a Ornela, para exposição em evento universitário. Muda-se para Goiânia-GO, onde conhece e passa a frequentar o atelier de alguns artistas de renome. Passa os últimos quatro anos pintando sob encomenda e tem clientes como: Flávio Kothe, Fioravanti Malagole, Remo, e Divino Antônio.