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Zandre

Barrancos, Portugal
Artista (Pintura)
Nascido em 1957

É importante começar referindo que do percurso artístico de André Salguero, de pseudónimo ZANDRE, constam muitas experiências que tocam o naturalismo e realismo: retracta a sua terra, as suas gentes – homens e mulheres de Barrancos, os animais, a brancura das casas alentejanas, os jovens que restam, que não imigraram, e muitos velhos. Representou a planície e as suas o tempo foi apurando a técnica de representação figurativa e potenciou-a noutros sentidos estéticos que, sem querer associá-lo a nenhuma corrente estética, abarca-o ao surrealismo, com influências do fantástico de Dali, e o expressionismo de Edvard Munch – evidente no quadro que tem em primeiro plano uma figura que nos reporta para o “Grito” do Munch que expressa as emoções mais fortes do ser humano: a dor, a raiva, o desespero, a revolta e a paixão ("Beco sem saida").Neste conjunto de telas, aqui representadas, é notório um grande dramatismo resplandecente: uma técnica que, por um lado, revela um jogo do claro-escuro com ambições realistas, preocupações de uma certa harmonia, sobretudo, em muitas das personagens; ao mesmo tempo que usa o pincel e/ou a espátula de forma algo violenta, algo brusca e espontânea. Sente-se a intensidade do gesto, do engrossar da pasta repisada, no justapor e no somar das cores intensas. O processo criativo é, de alguma forma, um acto libertador: a fuga á angustia; ao pessimismo em torno do que é a realidade do nosso mundo. O autor encara a pintura com uma filosofia de vida: encarna os sentimentos humanos mais penosos em confronto com uma luz, um cor mais intensa que ilumina a alma, o corpo, que a encaminha, que lhe indique uma fuga possível. As cores quentes dos vermelhos, amarelos e laranjas são predominantes.Os azuis e os verdes, mais apaziguadores, surgem no céu que espreita este seu mundo aficcionado que é terreno: um homem, meio pássaro, meio monstro, meio anjo entra em acção no tabuleiro de xadrez que é a “Rua dos anjos” que podemos encontrar em inúmeros lugares da toponímia duma cidade, vila ou aldeia, um homem encurralado entre paredes, solitário, talvez perdido, é incitado por duas pombas para o voo da liberdade, a opção do uso das cores quentes traduz de forma aflitiva o limite curto entre o que é optar pela vida e a entrega ao degredo e á morte.Esta proposta pictórica é intrigante, não é conciliadora, nem apaziguadora: um simbolismo quase religioso, mitológico e fantástico. Muitas vezes inspira-se na própria bíblia para encontra a ideia do sacrifício, da dedicação, da entrega á humanidade que é exemplo disso a “A dupla face de cristo”. Trata-se de uma cena que, mesmo tendo sido pintado só com tons azulados, enuncia o Cristo na cruz. O simbolismo é fortemente marcado pela presença do cavaleiro das trevas e por um pastor do seu lado oposto. Quem será o cavaleiro e quem será o pastor?
O homem com o rebanho podia ser um camponês da planície alentejana que não vê o horizonte. É interessante referir que muitos dos seus quadros num primeiro olha...

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