Vincent Sabatier (VerSus), inspirado na cultura pop

Vincent Sabatier (VerSus), inspirado na cultura pop

Olimpia Gaia Martinelli | 1 de mar. de 2023 5 minutos lidos 0 comentários
 

“Tenho inspiração direta na pop art e na cultura pop dos anos 80. Trabalho muito com os personagens e personalidades que marcaram minha infância e a de muitas pessoas. com quando criança. Também abordo assuntos mais recentes, até atuais, mas sempre numa tendência pop e retrô".

O que te inspirou a criar obras de arte e se tornar um artista? (acontecimentos, sentimentos, experiências...)

Desde que me lembro, sempre quis ser artista. Desde cedo me interessei pelo desenho e mais tarde, pelas artes plásticas, pela matéria, pela escultura e principalmente pelo conceito. Tive a sensação de que graças à arte tudo se tornou possível e que jamais teria a impressão de "trabalhar" na minha vida. Viver diariamente da sua paixão é algo raro e belo. Ainda hoje sou fascinado pelo potencial infinito que a criação artística pode ter sobre nós mesmos, nossas emoções e nossos pensamentos.

Qual é a sua formação artística, as técnicas e temas que experimentou até agora?

Depois de me formar em artes plásticas, trabalhei como estilista e designer gráfico para, finalmente, com base nessas experiências, me tornar professora de uma escola de arte e desenvolver minha carreira como artista. Todos esses ofícios me permitiram desenvolver minhas habilidades e minhas técnicas. Hoje, no meu trabalho artístico, encontramos serigrafia, computação gráfica, fotografia, moldagem, inclusão em resina, etc. Como dito acima, guardei uma alma de criança e isso mostra no meu trabalho onde muitos dos meus trabalhos são inspirados diretamente no cultura pop dos anos 80.

Quais são os 3 aspectos que o diferenciam de outros artistas, tornando seu trabalho único?

O que influencia o meu trabalho, e que certamente me diferencia de outros artistas, é o fato de me inspirar diretamente nas diversas profissões que exerci e que ainda exerço. Muitos aspetos, na minha forma de trabalhar, seja para a gestão da minha carreira ou mesmo diretamente na conceção ou na realização das próprias obras por exemplo, advêm das minhas várias experiências profissionais. Moda, gráfica, etc. Sendo hoje responsável pelas artes em uma escola superior de artes, também aprendo muito com meus alunos e essas trocas artísticas permanentes me enriquecem. Todas essas experiências profissionais me moldaram e moldaram minha forma de trabalhar. Além disso, gerencio quase inteiramente a minha carreira, desde o site às vendas, redes sociais, etc. profissionais e na gestão da minha carreira.

De onde vem sua inspiração?

Sou diretamente inspirado pela arte pop e pela cultura pop dos anos 80. Trabalho muito os personagens e personalidades que marcaram a minha infância e a de muita gente. Muitas vezes os objetos e figurinhas incluídos na resina são os mesmos com os quais eu brincava quando criança. Também abordo assuntos mais recentes, mesmo atuais, mas sempre numa tendência pop e retro.

Qual é a sua abordagem artística? Que visões, sensações ou sentimentos você deseja evocar no espectador?

O que procuro evocar no espectador é a mesma coisa que sinto quando realizo minhas obras, ou seja, uma nostalgia positiva, uma espécie de deslumbramento e uma vontade de tocar o objeto, como uma criança que vê um brinquedo. Eu também quero marcar visualmente. Por exemplo, meus trabalhos são assinados, não com meu nome, mas com minha marca.

Como é o processo de criação de suas obras? Espontâneo ou com um longo processo preparatório (técnico, inspiração em clássicos da arte ou outros)?

O processo de concepção e criação das minhas obras pode ser espontâneo ou longo dependendo do tema e da renderização desejada.

Você usa uma técnica de trabalho específica? em caso afirmativo, você pode explicar isso?

Sim, eu faço muitas estatuetas, as "roboclusões". Eles são feitos de resina de inclusão com objetos ou pigmentos de cores embutidos no interior. Eles são frequentemente gravados de acordo com meus desenhos com uma máquina a laser. Eu também uso a técnica de serigrafia para algumas das minhas pinturas.

Há aspectos inovadores no seu trabalho? Você pode nos dizer quais?

Poucos artistas trabalham com resina de inclusão transparente e inclusão de figurinhas dentro das esculturas.

Você tem um formato ou meio com o qual se sente mais confortável? se sim, por quê?

Quando desenho e produzo, penso diretamente no lugar que minhas obras ocuparão entre colecionadores ou amantes da arte. Além disso, são facilmente transportáveis e expostos, mesmo em uma casa particular.

Onde você produz seus trabalhos? Em casa, numa oficina partilhada ou na sua própria oficina? E nesse espaço, como você organiza seu trabalho criativo?

Eu tenho minha própria oficina com espaços muito diferentes. Um escritório, uma oficina, uma sala para despejar minhas resinas e por fim um espaço para armazenamento e preparação para o envio dos trabalhos. Sendo a resina muito difícil de produzir (temperatura, ferramentas, química, tempo de secagem, etc.), preciso de espaços muito distintos e tenho a sorte de ter uma oficina que me dá todos esses espaços.

O seu trabalho leva-o a viajar para conhecer novos colecionadores, para feiras ou exposições? Se sim, o que isso traz para você?

Sim claro. Isso me traz partilhas, trocas. Gosto de discutir meu conceito e meu processo criativo diretamente com colecionadores ou outros artistas. Também me permite enriquecer e quem sabe, desenvolver novas ideias.

Como você imagina a evolução do seu trabalho e da sua carreira como artista no futuro?

Tenho muitos projetos em andamento que, espero, agradarão a todos os colecionadores, em particular obras NFT ou Roboclusões maiores.

Qual é o tema, estilo ou técnica de sua última produção artística?

Serigrafia, resina, moldagem e computação gráfica. Gosto de misturar mídias e materiais para compor algo único e identificável.

Você pode nos contar sobre sua experiência de exposição mais importante?

A última exposição que me marcou e da qual tive oportunidade de participar foi a Goldo Expo II na galeria Sakura em Paris. Sou um grande fã de Grendizer desde a infância e ele aparece regularmente em meus temas. Poder expor meus trabalhos, no meio de todos esses outros artistas apaixonados por Grendizer, foi um momento importante para mim e para minha carreira.

Se você pudesse criar uma obra famosa na história da arte, qual escolheria? E porque ?

Uma compressão de César. Além do aspecto estético, é toda a abordagem que eu gosto: Comprimir, reduzir e, portanto, destruir objetos para criar obras de arte; dar rédea solta ao acaso e abandonar a escultura tradicional da mão do artista.

Se você pudesse convidar um artista famoso (vivo ou morto) para jantar, quem seria? Como você sugeriria que ele passasse a noite?

Andy Warhol sem hesitar. Passaríamos a noite no meu estúdio e eu apresentaria a ele todos os meus trabalhos inspirados diretamente nele. Discutíamos sua vida, arte e novas técnicas em arte. Por exemplo, acho que ele ficaria fascinado por NFTs.


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