Leila Proença

A arte sempre fez parte da minha vida. Comecei a desenhar muito cedo, pois herdei o dom da pintura de minha mãe, Haydée Proença, artista autodidata que possuía enorme talento como retratista.
Quando me aposentei, em 2001, comecei a dedicar meu tempo livre para descobrir novas técnicas e buscar um estilo próprio.
Minha paixão é pintar retratos, onde minha tendência é acadêmica, mas em outros temas gosto de navegar pelas sendas do impressionismo..

Comentário de Gustavo Galvão:
"Leila Proença é uma raridade em tempos de arte contemporânea. Mantém a tradição de capturar com tintas e pincéis os efeitos de diversas texturas, como carnadura e tecidos".

Entre a Figura Humana e o Abstracionismo
(Entrevista veiculada na seção Viver Bem/Sala de Visitas - PREVI)

A arte sempre fez parte da essência de Leila Proença, 55 anos. Ela começou a desenhar na infância por influência da mãe, uma das maiores referências para a artista, que cedo descobriu o talento da filha para a pintura de retratos.

Quando se aposentou em 2001, depois de trabalhar 20 anos no Banco do Brasil e três anos na PREVI, Leila passou a ter maior disponibilidade de tempo e começou a frequentar ateliês e aulas sobre técnicas de pintura. A artista diz que ainda está em busca de um estilo próprio. Seu interesse principal é retratar a figura humana, mas possui tendências impressionistas e especial fascínio pelo abstracionismo.


Qual estilo de pintura mais desperta seu interesse?

Sempre via minha mãe pintando retratos e comecei a me interessar por esse tipo de arte. Descobri, então, que tinha muita facilidade para pintar figuras humanas. Foi esse "portal" que me iniciou nos caminhos da arte. Em 2003, comecei a incluir outros temas nas minhas telas e a mudar meu traço em direção ao impressionismo, que é um estilo envolvente e que muito me encanta. Desde o início do ano, venho fazendo experiências também com a arte abstrata. O artista, por ser muito sensível e criativo, está sempre em busca de coisas novas.

Como é a experiência de aprender outros estilos?

Dedico todo o meu tempo disponível à pintura. Pintar me dá muito prazer. Quanto mais trabalho, mais desenvolvo percepção e sensibilidade, além de estimular o processo criativo. O artista passa para a tela o que sente e quanto mais exercita essa atividade, melhor fica sua forma de se expressar artisticamente. No caso do abstrato, ainda estou "engatinhando". É um estilo difícil, pois é preciso muita harmonia. Não se trata simplesmente de jogar tinta sobre a tela. As cores e formas devem estar em sintonia para que o resultado seja harmonioso e belo.

No impressionismo, o sentimento vai se transformando de acordo com as pinceladas. É uma maneira peculiar de captar a realidade. Há inúmeras possibilidades de interpretação. Diferentemente da arte de retratar figuras humanas, na qual a semelhança do modelo é o objetivo principal a ser captado pelo artista.

Mas seu tema preferido é mesmo a figura humana?

Sim, a maioria dos meus trabalhos tem a figura humana como tema central. Recebo várias encomendas nessa área, pois é raro encontrar artistas que sigam essa temática. Amo pintar retratos e figuras humanas. No momento, estou em busca de um estilo. Percebo que tenho a tendência de incluir figuras humanas nos meus trabalhos: em um caminho, ponho uma pessoa andando; na praia, alguém olhando. O ser humano e natureza se complementam. São feitos um para o outro. Sou católica e acredito que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. Não há nada mais desafiador que captar o "divino" contido na figura humana e tentar transmiti-lo ao espectador.

Esse é meu espaço de trabalho. Projetado, com muito carinho, pelo meu marido, Hugo, o maior incentivador da minha arte.

Fazer brotar imagens e sentimentos na tela branca para mim é algo mágico. A pintura possibilita buscar o inatingível. Sou apaixonada por essa forma de expressão. Cada trabalho é uma viagem inusitada por caminhos desconhecidos. Me descubro em cada tela e me realizo em cada pincelada.
A arte me permite, através das cores e formas, compartilhar o que sinto.
Na maioria de minhas telas está a figura humana como destaque. Creio que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança e gosto de observar o "divino" da essência humana e tentar transmiti-lo ao espectador.

Obra : Escultura - Menção Honrosa - IX Brasil Arte, Vila Parque - 02/10/05
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