João Feijó
João Feijó nasceu em Lisboa em Abril de 1963.
Aos 11 meses de idade vai viver para a Alemanha onde permaneceu até aos 12 anos. É aí que, pela primeira vez, é notado pela sua capacidade artística, iniciando-se na difícil técnica da aguarela.
De volta a Portugal começa a trabalhar com a Galeria Multiface, e desde 1984 começa a dedicar-se unicamente às Artes Plásticas.
Frequentou o curso de pintura, fotografia e escultura na A.R.C.O e o de desenho na S.N.B.A.
Trabalhou também em conjunto com artistas de renome: Pedro Calapez e Ivo na A.R.C.O; Moreira Aguiar; Vieira Baptista; Gustavo Fernandes e António Martinez.
Grande parte do seu trabalho encontra-se em colecções particulares, públicas e estatais espalhadas por vários cantos do mundo, nomeadamente no Canadá, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Brasil, Estados Unidos da América, Japão e Holanda.
Durante mais de 14 anos também acumulou a função de galerista e responsável por vários eventos no âmbito das Artes Plásticas a nível Nacional e Internacional.
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Classificação do artista, Biografia, Estúdio do artista:
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Reconhecimento
Biografia
João Feijó nasceu em Lisboa em Abril de 1963.
Aos 11 meses de idade vai viver para a Alemanha onde permaneceu até aos 12 anos. É aí que, pela primeira vez, é notado pela sua capacidade artística, iniciando-se na difícil técnica da aguarela.
De volta a Portugal começa a trabalhar com a Galeria Multiface, e desde 1984 começa a dedicar-se unicamente às Artes Plásticas.
Frequentou o curso de pintura, fotografia e escultura na A.R.C.O e o de desenho na S.N.B.A.
Trabalhou também em conjunto com artistas de renome: Pedro Calapez e Ivo na A.R.C.O; Moreira Aguiar; Vieira Baptista; Gustavo Fernandes e António Martinez.
Grande parte do seu trabalho encontra-se em colecções particulares, públicas e estatais espalhadas por vários cantos do mundo, nomeadamente no Canadá, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Brasil, Estados Unidos da América, Japão e Holanda.
Durante mais de 14 anos também acumulou a função de galerista e responsável por vários eventos no âmbito das Artes Plásticas a nível Nacional e Internacional.
- Nacionalidade: PORTUGAL
- Data de nascimento : 1963
- Domínios artísticos:
- Grupos: Artistas Portugueses Contemporâneos
Influências
Treinamento
Valor do artista certificado
Conquistas
Atividade na Artmajeur
Últimas Notícias
Todas as últimas notícias do artista contemporâneo João Feijó
PRÉMIOS / Bibliografia
PRÉMIOS / Bibliografia
2010
Faz parte da coleção do espólio de Arte do Vaticano (Roma)
Menção Honrosa Museu de Arte Contemporânea de Alicante (Espanha)
“ 80 Artistas em Portugal” de Margarida Botelho
Citado em várias revistas e publicações nacionais e estrangeiras
Arte 98 de Ifante do Carmo
“Pintura Contemporânea – 100 Pintores” de Chancela Real
Livro “ Menos Solidão” Associação Coração Amarelo Galeria Verney Oeiras
2008
Prémio Revelação Artista Galeria Atual (Lisboa)
2007
Menção Honrosa Galeria Atual (Lisboa)
2006
Menção Honrosa Galeria L.94 (Lisboa)
2005
Menção Honrosa Galeria Arte Livre (Lisboa)
2002
Menção Honrosa Culturgest CGD (Lisboa)
1991
Menção Honrosa Galeria Multiface (Lisboa)
1990
1º Prémio da Exposição Internacional de Aguarela de Madrid (Espanha)
1989
Menção Honrosa Galeria Multiface (Lisboa)
Um pouco de mim
João Feijó nasceu em Lisboa em Abril de 1963.
Aos 11 meses de idade vai viver para a Alemanha onde permaneceu até aos 12 anos. É aí que, pela primeira vez, é notado pela sua capacidade artística, iniciando-se na difícil técnica da aguarela.
De volta a Portugal começa a trabalhar com a Galeria Multiface, e desde 1984 começa a dedicar-se unicamente às Artes Plásticas.
Frequentou o curso de pintura, fotografia e escultura na A.R.C.O e o de desenho na S.N.B.A.
Trabalhou também em conjunto com artistas de renome: Pedro Calapez e Ivo na A.R.C.O; Moreira Aguiar; Vieira Baptista; Gustavo Fernandes e António Martinez.
Grande parte do seu trabalho encontra-se em colecções particulares, públicas e estatais espalhadas por vários cantos do mundo, nomeadamente no Canadá, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Brasil, Estados Unidos da América, Japão e Holanda.
Durante mais de 14 anos também acumulou a função de galerista e responsável por vários eventos no âmbito das Artes Plásticas a nível Nacional e Internacional.
Prémios e Bibliografia
Prémios
1989 - Menção Honrosa Galeria Multiface
1990 - 1º Prémio da Exposição Internacional de Aguarela de Madrid – Espanha
1991 - Menção Honrosa Galeria Multiface
2005 - Menção Honrosa Galeria Arte Livre
2006 - Menção Honrosa Galeria L.94
2007 - Menção Honrosa Galeria Actual
2008 - Prémio Revelação Artista Galeria Actual
Bibliografia
1991 – “80 Artistas em Portugal” de Margarida Botelho, citado em várias revistas e publicações nacionais e estrangeiras
1998 - Arte 98 Infante do Carmo
2008 – “Pintura Contemporânea Portuguesa – 100 Pintores” de Chancela Real
Exposições Individuais
2014
Exposição Individual “Zen Connection” Galeria de Arte do Casino Estoril (Estoril)
Vera World Fine Arte Festival, Cordoaria Nacional (Lisboa)
2013
Exposição “Color Field” Centro Cultural Palácio do Egipto (Oeiras)
Exposição “Color Field & On the Water” Farol Hotel (Cascais)
2012
Exposição “Panorama” Art Lounge Gallery (Lisboa)
CCB Centro Cultural de Belém,(Lisboa)
Exposição “Waterland” Cidadela de Cascais
2011
Galeria Arte na Linha “ Me Myself & Art” (Estoril)
2010
Exposição retrospectiva dos 27 anos carreira Galeria Atual (Lisboa)
2009
Cubo de Cristal “The Free Style” Marina de Cascais (Cascais)
2008
Galeria Atual, 25 Anos Carreira (Lisboa)
2007
Casa D`Art (Holanda/Roterdão)
2006
Tagus, Parque (Oeiras)
Galeria L.M. (Sintra)
2004
Palácio Sotto Mayor (Lisboa)
Galeria L.94 (Lisboa)
2003
Arte na Guia (Cascais)
BelourArte Gallery (Sintra)
2001
Arte na Villa– Sala 3 (Cascais)
2000
Arthouse (Cascais)
1998
Hotel Penta (Lisboa)
1996 / 97
Galeria L.94 (Lisboa)
1995
Museu Municipal de Torres Novas
1993
Galeria Multiface (Lisboa)
1991
Galeria Multiface (Lisboa)
Exposições Colectivas
1984 - Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)
1986 - Galeria de Arte do Casino Estoril (Estoril)
Galeria Edmundo Cruz
1987 - Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)
1989 - Galeria Multiface (Lisboa)
Galeria Arcada
Arco de Madrid (Espanha)
1990 - Galeria de Arte do Casino Estoril (Estoril)
Galeria Trindade
1991 - Galeria Edmundo Cruz
1994 - Galeria L. 94 (Lisboa)
1995 - Museu Regional de Sintra (Sintra)
Galeria Época (Guarda)
“VI Centenário dos Bombeiros Portugueses”
C.G.D (Lisboa)
1996 - “Art’Oeiras” – Galeria Vemey (Oeiras)
1997 - Galeria L.94 (Lisboa)
Galeria Gali
1998 - Galeria Spring
Galeria L.94 (Lisboa)
Galeria Gali
1999 - Galeria ArtHouse (Cascais)
Galeria R.C.L. (Sintra)
Oficina da Arte (Setúbal)
2000 - Galeria L.94 (Lisboa)
Galeria EuroArte
Espaço Cultural (Cascaishopping)
2001 - Semanas Culturais – Cascaishoping (Cascais)
Inauguração da Galeria Arte na Villa (Cascais)
2002 - Cultura à Mão – Cascaishoping (Cascais)
Museu da Água (Lisboa)
Bianal de Alenquer (Alenquer)
2003 - Feira de Arte Independente de Madrid (Espanha)
2004 – 2ª Feira de Arte Contemporânea do Estoril (Estoril)
Galeria L.M. (Sintra)
Belourate Gallery (Sintra)
2005 - Galeria Via Veneto, L.94 (Lisboa)
Galeria Arte Livre
2006 - Galeria L.M. (Sintra)
Feira de Arte Independente de Madrid (Espanha)
2007 - Galeria Casa D`Art Roterdão (Holanda)
2008 - Galeria Actual (Lisboa)
Convento do Beato (Lisboa)
Galeria Verney C.M. de Oeiras (Oeiras)
Art Expo 30 Years New York (U.S.A)
Galeria First Gallery “100 Pintores Portugueses Contemporâneos” (Lisboa)
2009 – Quinta da Costa “Um Pouco de Nós” (Famalicão)
Julia Sáez-Angulo, De la Asociación Internacional de Críticos de Arte
João Feijó
Pintura, poesia e solidão
As paisagens e as figuras são os géneros pictóricos mais viajados e que permitiram, a este pintor português, ser galardoado em Espanha. João Feijó é um artista versátil nas suas manifestações plásticas. A sua obra deriva de registos em óleo, acrílico, aguarela, fotografia, litografia, serigrafia... Em todo o seu trabalho plástico existem constantes poesias dignas de sublinhar: um certo sentido romântico, quase metafísico, nas suas paisagens; crónicas ou testemunhos sociais nas suas figuras.
As Séries de Paisagens de Feijó, tituladas Linhas de Água e Terras do Sul revelam um reportório icónico de grande beleza formal e cromática, onde as casas brotam de um modo enigmático, nos horizontes que servem de referência, como dividir um quadro nos três espaços de terra, arquitectura e névoa. As paisagens são na sua maioria solitárias, aparentemente desabitadas, que lhes confere um intensidade poética peculiar. O domínio do desenho está presente nestes trabalhos plásticos, iluminados por cor que se funde como protagonista neste tema.
A Série figurativa ou Personagens urbanas desenvolvida numa outra fase da carreira do artista, revelam a melancolia que os seres humanos sentem pela vida. São cenas que reflectem a solidão dos homens e a dureza do quotidiano. Rostos meio invisíveis com um enfoque quase fotográfico. Aqui a paleta contém-se os tons avermelhados e ocres, com o branco a iluminar uma quase intencional monocromia, provocando uma profunda carga emocional. Os títulos das obras revelam esse clima: Regresso a casa (em várias versões); O verdadeiro amigo; Uma mente livre... Pintura com drama que se liga com as raízes ou certa filiação de Edgard Hopper.
Em suma, uma pintura que faz jus à afirmação de Boecio: “Todo lo humano me interesa”.
6 de Maio de 2009
José Manuel Álvarez Enjuto, Crítico de arte y doctor en Bellas Artes
JOÃO FEIJÓ, ENTRE LUZES
É muito normal que os autores que vivam perto do mar, a luz e a cor abundem na maior parte das suas obras, como também o retrato da vida quotidiana dos que o rodeiam, o dia-a-dia calmo e sereno dos cidadãos. São estas cenas simples e habituais do amanhecer de cada dia que ilustram os seus trabalhos. Pequenas sequências em curtos relatos desses sucessos, repetidos uma e mil vezes de forma semelhante, um prazer infinito que se traduz numa linguagem plástica, vizinhos sentados em velhos bancos nas praças tradicionais, aproveitando o sol do dia, ruas desertas que servem como modelo de uma cidade abandonada, fachadas de casas emblemáticas, entardeceres campestres, amanheceres literários. Em todos estes momentos revela-se um carácter particular mostrado através de uma interminável série de fundos.
A obra de João Feijó percorre esta narrativa de influência, tanta que não pára de investigar e experienciar qual a melhor maneira de registar todos os acontecimentos que o envolvem em cada jornada, se através das texturas dos acrílicos, se perante a liquidez do óleo, se pela instantaneidade da fotografia, se pela modelação da acção digital, pela sua imponência tridimensional, se pela poesia das aguarelas. Em qualquer caso, nada é ocultado nas diversas tentativas de recrear os que o cercam, a vida repleta de luz frequentemente causada pela ligação de cores.
Estamos, assim perante um pintor no seu exercício peculiar.
Março de 2009
Luís Hernández Del Pozo, Asociación Internacional Críticos de Arte
João Feijó – Mestre da Aguarela
Falar da aguarela moderna em Portugal é, forçosamente, falar de João Feijó, um jovem artista, irrequieto e introvertido, que alia à sua vocação precoce e bem demonstrada, uma preparação de única em todas as técnicas de pintura, com especial relevo para a aguarela, cuja técnica assimilou durante a sua estadia na Alemanha, onde completou a formação recebida no seu país natal.
Feijó, detentor de uma forte vocação, frequentou os cursos da ARCO e da Sociedade Nacional de Belas Artes portuguesa, o que lhe permite expor nas mais prestigiadas galerias, não só de Portugal, mas também de vários países europeus, sendo de destacar a sua participação na Feira Internacional da ARCO de Madrid. Sendo, talvez, um dos certames mais exigentes da Europa, esta feira aposta na modernidade de expressão, sempre que isso signifique uma garantia de qualidade, transmita um cunho pessoal e uma grande imaginação na selecção dos temas e na forma de os tratar. E este jovem artista português preenche, em grande escala, todas essas condições “sine qua non” exigidas pelo certame de Madrid, tendo obtido, entre outros numerosos galardões, o I Prémio na Exposição Internacional de Aguarela de Madrid.
Por termos tido a sorte de observar o pintor no seu meio ambiente, podemos afirmar que a perfeição do desenho, a perspectiva formal, os pontos de fuga como valor determinante do enquadramento e uma coloração monocromática, com predominância das cores frias, especialmente os vermelhos, constituem a garantia das obras que o nosso artista apresenta ao público interessado em arte. Como é essencial aos bons aguarelistas, a água corre, em liberdade absoluta, pelo suporte eleito, como se o elemento líquido, por especial graça da sua natureza, soubesse onde ir e como o fazer; só os grandes mestres da aguarela o conseguem fazer e isso está presente nas obras de Feijó que, naturalmente, não repudia o emprego de outras técnicas ou de outras tonalidades nos seus trabalhos. Torna-se ainda necessário referir que, tendo a cor e a matéria como artífices, o artista esquece o que está a pintar e entra num jogo de luz e sombras, de formas rítmicas, de repartição de relevos, que proporcionam ao espectador o clima ideal para que possa entrar em comunicação com o pintor. Isto é o que, em definitivo, constitui a obra de arte bem feita, obra essa que temos que ver, para além de olhar e, acima de tudo, que é necessário sentir, para se captar toda a beleza que encerra a pintura de João Feijó.
Escolhemos focar-nos no trabalho do jovem pintor João Feijó, que iniciou na Alemanha a técnica da aguarela, continuando a sua aprendizagem e educação nos cursos da ARCO e da Sociedade Nacional de Belas Artes Portuguesas.
Artista de grande sobriedade, emprega tons avermelhados nos seus trabalhos sem grandes exageros ou empastamentos excessivos que só servem para massacrar a obra.
Este jovem valor obteve o 1º prémio de exposição internacional de aguarela de Madrid, assim como por duas vezes, recebeu a Menção Honrosa na Galeria Multiface.
É esta a razão porque hoje trazemos às páginas de La Nacion, o que seguramente será mais um estímulo para poder ver as suas obras nestes anos que advêm em algumas salas de arte de Espanha.
25 de Maio 2008
Luís Vieira-Baptista
É-me impossível separar o autor da sua obra. Talvez porque os conheça a ambos! Ao pensar em João Feijó, vem-me à imagem as usas aguarelas do espírito. Embora ele também pinte a óleo, são as “manchas da arte colorida” as que mais aprecio.
Com um espírito de sobrevivente sempre presente em qualquer adversidade, constato que são os infortúnios ou os caminhos mais espinhosos que lhes servem de fertilizante para novas culturas, cada vez mais resistentes, mais fortes, mais consistentes.
Self – mad man, cedo começou a aventura da vida, sempre atento ao mais pequeno indício de trigo que lhe possa ser útil, quantas vezes bem escondido no meio do joio que lhe cai em cima.
A sua primeira exposição individual proporciona-lhe um acontecimento que vai moldar, dali para a frente, todo o seu futuro: vende todas as aguarelas expostas e adquire o trespasse da galeria de arte que o expôs!
Estas duas vertentes que aqui nasceram – a de artista de sucesso e de “marchand” – nunca mais se separaram.
Esta fraternidade, quase incestuosa, entre o criador e o comerciante, poderia parecer, logo à partida, condenada à falência de uma das partes. Mas tal não aconteceu.
Ao contrário do que seria de esperar, ao invés do João Galerista tentar vender a obra de João Pintor, o que ele faz é tão só obter o melhor naipe de artistas que com ele queiram trabalhar, servindo o pecúlio obtido para investir numa maior personalização do seu trabalho artístico, concedendo gradualmente menos espaço à auto-comercialização, arriscando assim cada vez mais; na direcção pessoal cada vez mais sólida, cada vez mais sua.
Este relativo bem-estar financeiro do “marchand” financia o pintor dando-lhe a confiança necessária para arriscar inovando, evoluir pesquisando.
Apreciador de espaços abertos e arejados, é na sua temática que envolve o Alentejo que o pintor mais facilmente se identifica.
A espontaneidade da aguarela, roçando a técnica e a estética do visionismo, faz-lhe aparecer a sensibilidade e o sentido criativo bem marcados neste seu outro “eu”. E é esta luminosidade, quase onírica, salpicada de um realismo q.b., que mais fascina a sua obra.
O reconhecível é confortável ao espectador e a parte “desmanchada” do trabalho, visionista, transporta-nos até onde queremos (ou podemos) ir. Há sempre algo de familiar e distante, de “dejà-vú” e de exclusivo.
Finalmente penso que o “João – que – pinta” é fruto do “João – que – vende” e vice-versa. O muito que um vê e aprende serve para ajudar o outro. Unidos nesta dupla singularidade (passa à contradição) encontrámos o homem completo, integro, que faz da zona entre fronteiras, chamada de Terra de Ninguém, o seu ponto de partida e tem levado consigo a família, os amigos, os colegas e os coleccionadores, acompanhando-o com cumplicidade e confiança.
É porque, quando conhecemos o João, já ninguém se admira de encontrar uma fasquia cada vez mais alta, e por inércia “obriga-nos” a saltar com ele.
16 de Dezembro 2006
Margarida Botelho, Diário de Notícias”
Privilegiando a prática da aguarela, este jovem artista vai prosseguindo a trajectória da paisagem lírica, bucólica e romântica em tons quentes e suaves, nunca agressivos, de fácil assimilação e de notório exercício plástico.
O tratamento dado nos seus quadros à natureza, antecipa o romantismo ao produzir-lhe a imagem, num dado momento de luz, sombra ou desenvolvimento. Desenhador, cultiva o gosto pela paisagem – os campos verdejantes com os seus bosques, ribeiras e poentes.
O seu esforço (autodidacta) está bem patente nestas aguarelas, onde se podem encontrar influências de vários pintores portugueses que se dedicaram a este estilo. Temos, portanto, mais um paisagista em potência, onde por vezes existe uma acentuação de cores vivas; noutras, tons ténues e comedidos. Em todas elas expressa todavia um grande lirismo circundado certas obras com cenas da vida rural, romanticamente idealizadas, embora sem grande fantasia.
De qualquer modo é possível pressentir o seu caminho contemplando os seus trabalhos ora expostos. Apesar do realismo com que descreve diminutas figuras ou casarios dispersos pela paisagem, a natureza é vista com olhos acentuadamente líricos, fazendo um verdadeiro labour of love.
No vago reflexo de sombra sobre as águas, no colorido sonhador de nuvens azuladas é manifesta toda uma representação afectiva da paisagem rural.
O artista limita ao mínimo os requintes estetizantes e, em contrapartida, procura construir uma representação baseada na simplicidade.
Isto não quer dizer que na simplicidade não estejam vincados os aspectos ornamentais, até porque nesta mostra a sensação que nos fica é de que o artista se deixa impressionar por pesquisas e estudos.
Segundo o brilho e a riqueza dos coloridos, ele recria as suas aguarelas uma atmosfera prazenteira e agradável à vista do espectador.
Convêm dizer aqui que João Feijó, por ora, pinta para um público bem determinado de gerações futuras e construtores da imortalidade.
1991
Artigo
Amar-me não é narcisismo, mas sim saber viver com a aparência e a sabedoria que tenho